Deltan
Dallagnol pediu ao atual chefe do Coaf que desse uma “olhada informal” nas
informações fiscais do caseiro Elcio Vieira da Silva, conhecido como Maradona.
O objetivo, claro, era perseguir o ex-presidente Lula
247 – A reportagem do Intercept revela os meandros do estado
policial montado pela Lava Jato. "Em 15 de fevereiro daquele 2016,
Dallagnol sugeriu aos colegas no grupo 3Plex que pesquisassem as declarações
anuais de imposto de renda do caseiro Elcio Pereira Vieira, conhecido como
Maradona”, informa a reportagem. “Vcs checaram o IR de Maradona? Não me
surpreenderia se ele fosse funcionário fantasma de algum órgão público
(comissionado)”, disse. “Pede pro Roberto Leonel dar uma olhada informal”. Uma
semana depois, Moro autorizou a quebra do sigilo fiscal do caseiro.
15 de fevereiro de
2016 – grupo 3Plex
Deltan Dallagnol – 15:53:20 – Vcs checaram
o IR de Maradona? Não me surpreenderia se ele fosse funcionário fantasma de
algum órgão público
Dallagnol – 15:53:24 – (comissionado)
Julio Noronha – 15:55:00 – Não olhamos…
Vou colocar na lista de pendências
Dallagnol – 15:56:32 – Pede pro Roberto
Leonel dar uma olhada informal
Noronha – 15:56:39 – Ok!
"Em 6 de setembro de 2016, o procurador
Athayde Ribeiro Costa informou aos colegas no grupo 3Plex que pediu a Leonel
para averiguar se os seguranças de Lula tinham adquirido uma geladeira e um
fogão, dois anos antes, para equipar o triplex que a empreiteira OAS diz ter
reformado para o petista no Guarujá. Costa enviou ao auditor sem autorização
judicial, os nomes de oito seguranças que trabalhavam para o ex-presidente,
além do nome de duas lojas”, apontam ainda os jornalistas do Intercept.
Informado sobre o teor das conversas
envolvendo o atual chefe da instituição, o Coaf não se manifestou. Roberto
Leonel também preferiu ficar em silêncio.
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