Presidente
do STF, ministro Dias Toffoli, disse que os integrantes da Corte têm
"couro suficiente" para resistir às pressões de manifestações
contrárias à liberdade do ex-presidente Lula; ainda segundo ele, apesar de não
estar na pauta do segundo semestre, o julgamento sobre a constitucionalidade da
prisão em segunda instância não está descartado; “A princípio, não (sobre a
ação estar inserida na pauta), mas tem janelas colocadas”, disse
247 - O presidente do
Supremo Tribunal Federal, ministro dias Toffoli, disse que todos os integrante
da Corte têm "couro suficiente" para resistir às pressões e não se
deixar influenciar pelas manifestações contrárias à liberdade do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, mantido como preso político há mais de um ano em
Curitiba. Ainda segundo ele, apesar de não estar na pauta do segundo semestre,
o julgamento sobre a constitucionalidade da prisão em segunda instância não
está descartado. “A princípio, não (sobre a ação estar inserida na pauta), mas
tem janelas colocadas”, disse ao ser questionado sobre o assunto.
Ainda segundo ele, o julgamento pelo
plenário sobre a constitucionalidade da prisão em segunda instância - que pode
colocar Lula em liberdade - não está previsto na pauta do segundo semestre. “A
princípio, não, mas tem janelas colocadas [na pauta]”, disse ao ser questionado
sobre o assunto. “Quem vem para o STF, quem se torna ministro do STF,
está absolutamente... Todos aqui têm couro suficiente para aguentar qualquer
tipo de crítica e de pressão", disse Toffoli nesta segunda-feira (30).
"Já houve dois julgamentos de habeas
corpus do ex-presidente Lula, um que ocorreu em abril de 2018 e o outro agora
em junho, na Segunda Turma. Os casos que vierem vão ser julgados, a maioria
decide. Se vai ser solto ou não vai ser solto não é uma questão que está
colocada na pauta do STF. É uma questão que vai ser decidida no caso
concreto", completou.
Toffoli também avaliou que as
manifestações deste domingo (30) com críticas ao STF diminuíram quando em
comparação a atos anteriores.
“Se compararmos manifestações do passado,
seja em anos anteriores, seja neste próprio ano, com as que ocorreram, você vê
que o tom mudou bastante. De uma agressividade [anterior], nós temos hoje uma
crítica dentro daquilo que é uma crítica razoável, do ponto de vista de não ser
tão ofensiva. Se amenizaram muito os ataques que havia ao Supremo, seja na rede
social, seja nos movimentos de rua”, observou.
O Presidente do STF evitou comentar o
vazamento das mensagens trocadas entre o então juiz Sérgio Moro, atual ministro
da Justiça, e integrantes da Lava Jato que apontam a manipulação dos processos
da operação, como revelado pelo site The Intercept Brasil.
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