No pedido
protocolado no Conselho Nacional do Ministério Público, as bancadas do PT na
Câmara e no Senado pedem providências imediatas do Conselho, inclusive com o
afastamento dos procuradores por 120 dias para a apuração das denúncias de que
montaram plano para ganhar dinheiro às custas da Lava Jato
247 - As bancadas do PT no Congresso Nacional ingressaram no
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com Reclamação Disciplinar
contra os procuradores Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava
Jato, e Roberson Pozzobon, por uma série de irregularidades praticadas por eles
e reveladas pela Vaza Jato, incluindo o “plano de negócios para lucrar com a
fama” da operação baseada em Curitiba.
Na ação, a
presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e os líderes na
Câmara, Paulo Pimenta (RS), e no Senado, Humberto Costa (PE), afirmam que as
denúncias publicadas nesse domingo, 14, na Folha de S. Paulo e do The Intercept
Brasil, são “gravíssimas” e merecem providências imediatas do Conselho,
inclusive com o afastamento dos procuradores por 120 dias para a apuração das
denúncias.
Segundo a revelação da Folha e do
Intercept, Dallagnol e Pozzobon discutiram estratégias para ganhar dinheiro
fazendo eventos e lucrar com fama da Lava Jato. Pelos diálogos revelados, os
procuradores montaram plano de negócios de eventos e palestras para lucrar com
a fama e contatos obtidos durante as investigações da Lava-Jato.
“Dallagnol discutiu criar empresa sem ser
sócio, para evitar questionamentos legais e críticas, para arrecadar com
palestras, que segundo ele ia “promover cidadania”, conformes diálogos obtidas
pelo The Intercept Brasil.
Diante das denúncias, Pimenta, Gleisi e
Humberto pedem na ação, além da instauração do processo administrativo
disciplinar contra Dallagnol e Pozzobon, que a PGR investigue as empresas Star
Palestras e Eventos, Polyndia e Conquer. É fundamental, segundo petistas, que
as empresas informem sobre as suas relações com os procuradores, em especial
sobre reuniões e contatos mantidos sobre os eventos e sobre tratativas para
estabelecimento de parceria comercial com os Dallagnol e Pozzebon.
Os petistas pedem ainda a averiguação da
existência de contratos de prestação de serviços entre eles, os termos do
contratos, valores, datas e descrições de serviços, além da apresentação de
cópias dos contratos e comprovantes de pagamentos realizados em favor dos
procuradores e o balanço contábil e financeiro dos últimos cinco anos. (Com informações do PT na Câmara)
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