Vice-líder
do PSL na Câmara, Filipe Barros informou que protocolou no STF um mandado de
segurança pedindo que a Corte suspenda a CPMI que como finalidade investigar a
disseminação de fake news que beneficiou Jair Bolsonaro na campanha do ano
passado; receoso com a comissão, o deputado aponta tentativa de censura na
internet
247 - O vice-líder do
PSL na Câmara dos Deputados, Filipe Barros, informou que protocolou no Supremo
Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança pedindo que a Corte suspenda a
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), autorizada nesta quarta-feira (3)
pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com a finalidade de
investigar a disseminação de fake news durante a campanha eleitoral do ano
passado.
Em 2018, empresas financiaram um esquema
ilegal para divulgação de notícias falsas no WhatsApp. O objetivo era
prejudicar o então presidenciável do PT, Fernando Haddad. Reportagem do
jornal Folha de S. Paulo na época apontou que cada contrato chegava a R$ 12
milhões.
De acordo com o vice-líder bolsonarista, a
investigação sobre fake news nas eleições é uma estratégia da esquerda para
prejudicar o governo de Jair Bolsonaro.
"Acabo de protocolar no STF Mandado
de Segurança com pedido de liminar para barrar a criação da CPMI das 'Fake
News'", disse o parlamentar no Twitter. "CPMI das Fake News é um
apelido bonitinho para disfarçar a verdadeira intenção: criar Fake News contra
o governo, censurar a população que está se manifestando na internet e, no
final, propor a ‘regulamentação’ da mídia (leia-se censura a liberdade de
imprensa)", complementou.
Com apoio de líderes da Câmara, o deputado
Alexandre Leite (DEM-SP) foi quem pediu a criação da CPMI. O seu partido não
goza de boas relações de Bolsonaro. Inclusive, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), já reclaou da falta de agenda do atual governo.
A comissão será composta por 15 senadores
e 15 deputados e os partidos ainda precisam indicar os nomes dos integrantes.
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