(Foto: Divulgação) |
A Casa Civil do
Paraná recebeu nesta segunda-feira (8) representantes dos servidores estaduais
em greve para discutir as reivindicações do funcionalismo público. Uma nova
proposta foi colocada à mesa de negociação, mas ela também não foi bem
recebida. A expectativa, agora, é que o assunto seja resolvido apenas em
agosto, na volta do recesso do Legislativo.
Depois
de rejeitarem a proposta de 0,5% de aumento em 2019, os trabalhadores se
depararam com uma oferta de reajuste de 2% a partir de janeiro de 2020. O valor
não agradou as categorias em greve, que pediam ao menos a recomposição da
inflação do último ano, calculada em 4,94% pelo índice IPCA.
Segundo
a coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), Marlei
Fernandes, a comissão marcou outra reunião com os representantes dos
sindicatos, para definir uma nova proposta.
“Não chegamos
ainda em um meio termo. Os servidores continuam reivindicando os 4,94% e o
governo diz que tem uma proposta alternativa”, resumiu a coordenadora.
Um novo
encontro entre as partes está marcado para esta terça-feira (9), às 16h,
novamente no Palácio Iguaçu, a sede do governo estadual.
Ato
unificado marca duas semanas de greve
Paralisados
desde o dia 25 de junho, os servidores estaduais completam duas semanas de
greve nesta terça-feira (9). Um ato unificado entre as várias categorias do
funcionalismo público marca o 15º dia de manifestações.
A
concentração está marcada para as 9h, na Praça 19 de Dezembro, na região
central da cidade. Deste ponto, em frente ao Shopping Mueller, os servidores
seguirão em passeata pela Avenida Cândido de Abreu até o Palácio Iguaçu.
Entre
as categorias em greve está a dos professores e profissionais em Educação.
Após nova
proposta, regime de urgência é retirado
A
pedido dos servidores em greve, o governo estadual recuou e pediu, nesta
segunda-feira (8), para que o regime de urgência fosse retirado sobre o projeto
que previa um reajuste total de 5,09% parcelado até 2022. A proposta tramitava
na Assembleia Legislativa (Alep) desde a semana passada.
“O
governo está exercendo o diálogo em sua plenitude”, defendeu em Plenário.
Votação
após a volta do recesso
Em
coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (8), o presidente da Alep, Ademar
Traiano (PSDB), indicou que os trabalhos do Legislativo serão encerrados nesta
semana sem discutir o reajuste do funcionalismo público. Por isso, a greve não
deve ser encerrada antes de agosto.
“Imagino
que vamos tratar deste assunto só no mês de agosto [na volta do recesso]. Os
entendimentos estão ainda em fase de construção e eu não colocarei em pauta
esta matéria neste período”, comentou Traiano.
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