Foto: Arnaldo Alves |
O
ex-governador do Paraná Beto Richa se tornou réu, nesta
segunda-feira (1), na Operação Piloto. A denúncia do Ministério
Público Federal (MPF) foi aceita pelo juiz federal Paulo Sergio Ribeiro,
da 23ª Vara Federal de Curitiba.
Além de
Richa, seu irmão e ex-secretário de Infraestrutura, Pepe Richa, e outros seis
envolvidos também se tornaram réus no processo. São eles: Dirceu Pupo
Ferreira, Ezequias Moreira Rodrigues, Rafael Gluck, José Maria Ribas Mueller e
Luiz Abi Antoun.
A
Operação Piloto, deflagrada em setembro de 2018, investiga uma licitação para a realização de obras e concessão da
PR-323, entre Maringá e Francisco Alves. Segundo a denúncia, Richa teria recebido propina da empresa Tucuman,
uma das participantes do consórcio vencedor da licitação, por meio de um imóvel
na capital Curitiba. Os valores teriam chegado a R$ 3 milhões e a empresa
Tucuman teria, como contrapartida, o favorecimento na licitação.
O
consórcio era liderado pela empreiteira Odebrecht – os depoimentos dos
colaboradores da empreiteira deram origem à Operação Piloto. “Os pagamentos,
segundo os relatos, teriam sido efetuados pelo Setor de Operações Estruturadas,
sendo o beneficiário identificado nos registros de contabilidade daquele setor,
inicialmente, por ‘Brigão’ e ‘Piloto'”esclarece a denúncia, referindo-se aos codinomes
atribuídos a Richa.
Perícias
dos sistemas DROUSYS e MyWebDay, da Odebrecht, revelaram no intervalo de dois
meses ao longo de 2014, pagamentos superiores a R$ 3,5 milhões para
o codinome “Piloto”.
Richa se
tornou réu por fraude a licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. Esta é a sétima vez que o ex-governador se torna réu.
Fonte:
Paranaportal
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