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A greve
dos servidores estaduais do Paraná não dá sinais de que um
consenso está mais próximo. De um lado, o governo afirma que não
vai negociar com os trabalhadores que permanecem de braços
cruzados. Os servidores em greve, por sua vez, defendem a manutenção
da paralisação enquanto não houver uma proposta do Palácio
Iguaçu.
Segundo
o Fórum das Entidades Sindicais (FES), a adesão ao movimento cresceu nesta
quarta-feira (26), segundo dia de greve. Mobilizados, cerca de 45%
dos professores paralisaram as atividades hoje, segundo a
APP-Sindicato, que representa a categoria.
As duas
partes afirmam que o diálogo é o caminho para resolver a questão, embora ainda
não tenham acertado a forma como os argumentos serão debatidos. O governo do
Paraná pediu um prazo de mais uma semana para enviar uma proposta aos
servidores, ao mesmo tempo em que afirma que não negociará com trabalhadores
enquanto estes permanecerem em greve.
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O
secretário de Comunicação do Paraná, Hudson José, lista uma série de
dificuldades financeiras que impede o governo de atender o direito
constitucional do funcionalismo à data-base.
“Nesse
momento a dificuldade é muito grande. A folha de pagamento do estado chega a R$
17 bilhões por ano. É um investimento grande. Então, se você somar essa
realidade à dificuldade vigente na economia atualmente, temos um cenário em que
é difícil atender na plenitude o pedido dos funcionários. Por isso temos que
sentar e ver quais são os caminhos para que isso possa ser planejado a médio e
longo prazo”, ponderou.
O presidente
do sindicato que representa os professores da rede estadual, Hermes Leão,
afirma que a demora em resolver a questão é ruim para todas as partes.
Dificuldades
na negociação
A
APP-Sindicato afirma que o discurso de Ratinho Junior é inconsistente e
questiona a habilidade do governador em negociar com os servidores. Essa versão
é rechaçada, por exemplo, pelo líder do governo na Assembleia Legislativa.
“O
governador determinou que essa comissão avalie, converse e estude para que ao
final do mês de junho uma proposta seja encaminhada. Eu não estou vendo falta
de diálogo. Eu não estou vendo desconsideração por parte do governo. O governo
foi claro e pediu um tempo. Todo governo deve ter um tempo para ‘arrumar a
casa’. Entrando no sexto mês e o pessoal que deflagrar greve? Com isso o
governo não concorda”, avaliou.
A
coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais (FES), Marlei Fernandes explica que
os servidores têm uma pauta unificada e afirma que a postura do governo tem
sido intransigente.
Adesão
aumenta nas escolas
Em
relação às escolas estaduais, os sindicatos afirmam que greve alcançou uma
adesão de 85%no
Paraná.
A
Secretaria de Estado da Educação (SEED) calcula um número inferior: 32,2%.
Considerando apenas Curitiba, a adesão estimada pela SEED é maior, alcançando 58,8% das
escolas.
As
estimativas somam paralisações totais e parciais.
Fonte:
Paranaportal
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