Entre bajulações tão explícitas quanto degradantes -
evidenciando a publicidade paga embutida em falsa entrevista - Bolsonaro e
Ratinho deram um espetáculo de cinismo associado a vitimismo em peça de
propaganda veiculada no SBT; Ratinho defendeu a reforma da previdência mais do
que o próprio Bolsonaro e ambos insinuaram que a ‘facada’ foi um atentando
provocado por pessoas ligadas ‘à esquerda’
247 - Entre bajulações tão
explícitas quanto degradantes - evidenciando a publicidade paga embutida em
falsa entrevista - Bolsonaro e Ratinho deram um espetáculo de cinismo associado
a vitimismo em peça de propaganda veiculada no SBT. Ratinho defendeu a reforma
da previdência mais do que o próprio Bolsonaro e ambos insinuaram que a
‘facada’ foi um atentando provocado por pessoas ligadas ‘à esquerda’.
Ratinho praticamente defendeu
todos os pontos do governo que estão sendo severamente criticados por toda a
opinião pública nesse momento no país, inclusive pela própria base esfacelada
de Bolsonaro. O ex-capitão aproveitou para se fazer de vítima e para insinuar
que o Congresso opera contra o governo.
Generoso e extremamente
complacente, Ratinho foi produzindo as condições ideiais para que Bolsonaro
elogiasse o próprio governo. O Apresentador elogiou a ministra Damares Alves e
criticou o comunismo, dando margem para Bolsonaro destilar o habitual
preconceito político na sequência do programa.
O ex-militar criticou a
Venezuela, dizendo que "ninguém vai para lá". E lançou a pergunta:
"por que que a esquerda sempre implica com as forças armadas? Porque as
forças armadas são o último obstáculo ao socialismo."
Bolsonaro e Ratinho criticaram
também a alcunha de 'fascistas' lançada a integrantes do governo por grande
pare da opinião pública brasileira, sendo que o capitão reformado disse que
'fascistas são eles', sob olhar e anuência do apresentador.
Bolsonaro disse ainda que se
sente preso, "com uma tornozeleira". Queixou-se de que não pode sair
de casa, nem circular mais com tranquilidade.
O apresentador se referiu ao
secretário da Secom, Fabio Wajngarten de 'Fabinho', demonstrando um nível de
intimidade pouco comum entre apresentadores de TV e integrantes do governo.
Flávio Bolsonaro, senador e
filho do presidente, acusado de promover um esquema de laranjas e de desvio de
verba de gabinete no Rio de Janeiro, estava presente na entrevista (foi saudado
por Ratinho). O apresentador não citou em nenhum momento as acusações que
pesam contra o senador.
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