quarta-feira, 12 de junho de 2019

Prefeitura pede cessão de imóvel histórico à Copel


Ideia é incorporar a propriedade, onde funcionou por anos o gerador de energia que abastecia Apucarana, ao acervo histórico e cultural da cidade
(Foto: Divulgação)
Durante agenda em Curitiba, o prefeito Júnior da Femac oficiou nesta quarta-feira (12/06) a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) sobre o interesse do Município em obter a cessão de imóvel localizado na Avenida Irati, no bairro Barra Funda, onde em meados dos anos 40 foi inaugurada a Empresa Termelétrica do Vale do Ivaí, que por muitos anos abrigou o gerador de energia que abastecia Apucarana e que, segundo informações obtidas pelo município, será desocupado em breve pela Copel.
Endereçado ao diretor-presidente da companhia, Daniel Pimentel Slaviero, o ofício pleiteando a cessão gratuita do referido imóvel foi recebido pelo gerente do Departamento de Logística e Suprimento da Distribuição, Carlos Movar Martins Machado, e pelo gerente da Divisão de Administração de Materiais, Márcio Fabrício Palharim. “Este imóvel faz parte da história de nossa cidade, contendo um inestimável valor histórico e sentimental para nossa comunidade”, argumenta o prefeito Júnior da Femac. De acordo com ele, junto ao ofício foram anexadas fotografias históricas demonstrando que em 1949 a Praça Rui Barbosa já contava com iluminação graças à unidade geradora.
Com cerca de 5 mil m² de terreno e aproximadamente 1,6 mil m² de área construída, o imóvel está próximo ao complexo da Estação Ferroviária de Apucarana, onde há em andamento, por parte da prefeitura, um projeto de revitalização com foco na preservação da arquitetura original. “Nesse contexto, este prédio da Copel poderia compor o acervo histórico e cultural de Apucarana, ampliando sobremaneira o alcance do todos os cidadãos aos fatos que cercaram todo o desenvolvimento local e regional”, reforçou o prefeito, lembrando que a usina foi construída em conjunto com o Governo Estadual e foi responsável pela geração e fornecimento de energia a partir de um único motor movido a óleo cru.
Além do aspecto da preservação da história, com uma possível posse do imóvel a prefeitura projeta utilizar o espaço para o desenvolvimento de atividades das secretarias municipais.
O problema energético – Desde a fundação, em 1934, e por um longo período ainda, os moradores de Apucarana tiveram que conviver com o lampião a gás ou lamparina como fornecedores de iluminação de suas residências. Como a região não possuía na época uma usina hidrelétrica, a solução encontrada na década de 40 foi a constituição, pelo Estado e Prefeitura de Londrina (a qual Apucarana pertencia), da Empresa Termelétrica do Vale do Ivaí. Contudo, a quantidade de energia gerada mostrou-se ainda insuficiente para atender a demanda que aumentava dia a dia.
A falta de solução para o grave problema da precariedade no fornecimento de luz e energia em Apucarana no início dos anos 50 foi uma novela ininterrupta e interminável ainda por algum tempo, envolvendo o governo do Estado, autoridades municipais, entidades representativas, imprensa e a opinião pública como um todo.


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