Ideia é incorporar a
propriedade, onde funcionou por anos o gerador de energia que abastecia
Apucarana, ao acervo histórico e cultural da cidade
(Foto: Divulgação) |
Durante agenda em
Curitiba, o prefeito Júnior da Femac oficiou nesta quarta-feira (12/06) a
Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) sobre o interesse do Município
em obter a cessão de imóvel localizado na Avenida Irati, no bairro Barra Funda,
onde em meados dos anos 40 foi inaugurada a Empresa Termelétrica do Vale do
Ivaí, que por muitos anos abrigou o gerador de energia que abastecia Apucarana
e que, segundo informações obtidas pelo município, será desocupado em breve
pela Copel.
Endereçado ao diretor-presidente da
companhia, Daniel Pimentel Slaviero, o ofício pleiteando a cessão gratuita do
referido imóvel foi recebido pelo gerente do Departamento de Logística e
Suprimento da Distribuição, Carlos Movar Martins Machado, e pelo gerente da
Divisão de Administração de Materiais, Márcio Fabrício Palharim. “Este imóvel
faz parte da história de nossa cidade, contendo um inestimável valor histórico
e sentimental para nossa comunidade”, argumenta o prefeito Júnior da Femac. De
acordo com ele, junto ao ofício foram anexadas fotografias históricas
demonstrando que em 1949 a Praça Rui Barbosa já contava com iluminação graças à
unidade geradora.
Com cerca de 5 mil m² de terreno e
aproximadamente 1,6 mil m² de área construída, o imóvel está próximo ao
complexo da Estação Ferroviária de Apucarana, onde há em andamento, por parte
da prefeitura, um projeto de revitalização com foco na preservação da
arquitetura original. “Nesse contexto, este prédio da Copel poderia compor o
acervo histórico e cultural de Apucarana, ampliando sobremaneira o alcance do
todos os cidadãos aos fatos que cercaram todo o desenvolvimento local e
regional”, reforçou o prefeito, lembrando que a usina foi construída em
conjunto com o Governo Estadual e foi responsável pela geração e fornecimento
de energia a partir de um único motor movido a óleo cru.
Além do aspecto da preservação da
história, com uma possível posse do imóvel a prefeitura projeta utilizar o
espaço para o desenvolvimento de atividades das secretarias municipais.
O problema energético – Desde a fundação,
em 1934, e por um longo período ainda, os moradores de Apucarana tiveram que
conviver com o lampião a gás ou lamparina como fornecedores de iluminação de
suas residências. Como a região não possuía na época uma usina hidrelétrica, a
solução encontrada na década de 40 foi a constituição, pelo Estado e Prefeitura
de Londrina (a qual Apucarana pertencia), da Empresa Termelétrica do Vale do
Ivaí. Contudo, a quantidade de energia gerada mostrou-se ainda insuficiente
para atender a demanda que aumentava dia a dia.
A falta de solução para o grave problema
da precariedade no fornecimento de luz e energia em Apucarana no início dos
anos 50 foi uma novela ininterrupta e interminável ainda por algum tempo,
envolvendo o governo do Estado, autoridades municipais, entidades
representativas, imprensa e a opinião pública como um todo.
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