O ministro da Justiça Sergio Moro divulgou nota neste sábado
(15) para dizer que "não reconhece a autenticidade" dos novos trechos
vazados de conversas com os procuradores da Lava Jato; apesar dos procuradores
não entregarem os celulares para perícia da PF, para averiguar a suposta
invasão de hackers, Moro quer que o The Intercept apresente os documentos para
comprovar a veracidade
247 - Depois de admitir a veracidade das conversas, afirmando
ter cometido um "descuido" ao comentar o conteúdo das conversas
reveladas pelo The Intercept, o ministro da Justiça Sergio Moro divulgou nota
neste sábado (15) para dizer que "não reconhece a autenticidade" e
que não vai comentar o ele chama agora de "supostas mensagens".
Novos trechos
divulgados fica evidente que a função de coordenador informal da operação
estava realmente a cargo do atual ministro da Justiça. Num diálogo entre Moro e
o procurador Carlos Fernando, fica patente o pedido do ex-juiz a procuradores
para que eles divulgassem uma nota à imprensa para rebater o que ele chamou de
'showzinho' da defesa do ex-presidente Lula.
"O Ministro da Justiça e Segurança
Pública não reconhece a autenticidade e não comentará supostas mensagens de
autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa de hackers e que
podem ter sido adulteradas e editadas", diz um trecho da nota divulgada
pelo Ministério da Justiça. Moro parece seguir a estratégia do seu
presidente Jair Bolsonaro que ora afirma e depois desdiz o que afirmou.
O ministro ainda diz que o The Intercept
deve apresentar o material obtido "para que sua integridade seja
certificada".
Nos últimos dias os procuradores da Lava
Jato sustentam que foram alvo de hackers que invadiram seus celulares se
passando por supostos jornalistas. Mas os aparelhos dos procuradores não foram
entregues para perícia da Polícia Federal, que é comandada por Moro. Apesar
disso, o ministro quer impor ao The Intgercept a comprovação das conversas
obtidas.
Outra contradição aparece em entrevista
concedida por Moro em que ele tenta justificar o fato de ter
instruído o Ministério Público na preparação da denúncia contra o ex-presidente
Lula, afirmando se tratar apenas de um "descuido meu".
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