Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins,
advogados de defesa de Lula, classificaram como "estarrecedor" e
"repugnante" os novos trechos de conversas divulgadas pelo The Intercept,
em que Sergio Moro orienta os procuradores a fazer uma campanha para atacar o
que chamou de 'showzinho' da defesa; "É repugnante, ainda, constatar
que a campanha midiática ocorrida em maio de 2017 objetivando atacar a memória
de D. Marisa Letícia Lula da Silva tenha sido tramada pela Lava Jato",
repudiam em nota
247 - O advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins e Valeska
Teixeira Zanin Martins, classificaram como "estarrecedor" e
"repugnante" os novos trechos de conversas divulgadas pelo The Intercept,
que mostram o então juiz Sergio Moro orientando os procuradores da Lava Jato de
Curitiba a emitir nota para atacar a defesa do ex-presidente.
"As novas
mensagens reveladas ontem (14/06/2019) pelo "The Intercept", para
além de afastar qualquer dúvida de que o ex-juiz Sérgio Moro jamais teve um
olhar imparcial em relação a Lula, mostram o patrocínio estatal de uma
perseguição pessoal e profissional, respectivamente, ao ex-Presidente e aos
advogados por ele constituídos", diz um trecho da nota divulgada pelos
advogados.
De acordo com o conteúdo das conversas
divulgadas pelo The Intercept, num diálogo entre Moro e o procurador Carlos
Fernando dos Santos Lima, ele pede para que eles divulgassem uma nota à
imprensa para rebater o que ele chamou de 'showzinho' da defesa do
ex-presidente Lula.
Confira a íntegra:
"É estarrecedor constatar
que o juiz da causa, após auxiliar os procuradores da Lava Jato a construir uma
acusação artificial contra Lula, os tenha orientado a desconstruir a atuação da
defesa técnica do ex-Presidente e a própria defesa pessoal por ele realizada
durante seu interrogatório (10/05/2017). As novas mensagens reveladas ontem
(14/06/2019) pelo "The Intercept", para além de afastar qualquer
dúvida de que o ex-juiz Sérgio Moro jamais teve um olhar imparcial em relação a
Lula, mostram o patrocínio estatal de uma perseguição pessoal e profissional,
respectivamente, ao ex-Presidente e aos advogados por ele constituídos.
É inimaginável dentro de um
Estado de Direito que o Estado-juiz e o Estado-acusador se unam em um bloco
monolítico para atacar o acusado e seus advogados com o objetivo de impor
condenações a pessoa que sabem não ter praticado qualquer crime.
É repugnante, ainda, constatar
que a campanha midiática ocorrida em maio de 2017 objetivando atacar a memória
de D. Marisa Letícia Lula da Silva tenha sido tramada pela Lava Jato, como
também revelam as mensagens do "The Intercept".
Tais fatos, públicos e
notórios, reforçam o que sempre defendemos nos processos e no comunicado
encaminhado em julho de 2016 ao Comitê de Direitos Humanos da ONU: Lula é
vítima de "lawfare" e o ataque aos seus advogados é uma das táticas
utilizadas para essa prática nefasta.
Cristiano Zanin Martins e
Valeska Teixeira Zanin Martins (15/06/2019)"
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