"Aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, bote
na cabeça, isso eu vivi, aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, não
interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando América do
Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interesse essa
relação do Brasil com a China, muito respeitosa com a Índia, não interessa.
Quando a gente reuniu os BRICS eu sabia da ciumeira", disse o
ex-presidente Lula, em sua mais recente entrevista, em aponta o fator
geopolítico na sua prisão; confira
247 - O ex-presidente Lula,
preso político há mais de um ano em Curitiba, em entrevista aos jornalistas
Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia, falou sobre os
interesses dos Estados Unidos no Brasil e comentou sobre o governo do
presidente Jair Bolsonaro.
Lula afirmou que os norte-americanos não se interessam pelo desenvolvimento e protagonismo brasileiro. "Os Estados Unidos não gostaram quando nós fizemos um acordo com a França para a construção de submarinos de propulsão nuclear, não gostaram. Eles não gostavam quando eu demonstrava que tinha interesse em fazer a compra do caça dos franceses, e não devem ter gostado quando a Dilma comprou o dos suecos porque eles queriam vender o deles. Aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, bote na cabeça, isso eu vivi, aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interesse essa relação do Brasil com a China, muito respeitosa com a Índia, não interessa. Quando a gente reuniu os BRICS eu sabia da ciumeira".
Questionado sobre seu governo ter incomodado os Estados Unidos, o ex-presidente concordou e ressaltou que causou incômodo sem destratar o país norte-americano. "Incomodou, não porque tratei os Estados Unidos mal, tratei bem porque sei da importância dos Estados Unidos, não destratei, apenas queria ser respeitado".
Lula também afirmou que os americanos tinham a consciência de que em uma eleição com sua participação, não seria fácil a eleição de um candidato que promovesse o desmonte do Brasil. Apesar disso, Lula negou se sentir um preso dos Estados Unidos. "Não vou dizer que sou um preso, o que eu acho é que tem interesses, porque eles tinham consciência, por tudo que eles acompanhavam na política brasileira, que dificilmente se elegeria um presidente para desmontar o Brasil se Lula fosse candidato. Por isso sou muito grato ao carinho do povo brasileiro, eu tinha consciência de que eu poderia voltar a ser presidente para fazer mais do que eu tinha feito no primeiro mandato, eu tinha consciência das coisas que eu não tinha feito, por isso eu estava propenso a voltar a ser candidato a presidência da República, é possível fazer mais".
O ex-presidente também disse que o governo tem que governar para todos e que deve definir prioridades de ação. "Para fazer essas coisas você tem que aprender a gostar do povo, o governo não tem que ser contra uma pessoa de classe média, não tem que ser contra, tem que governar para ela também, não tem que ser contra o empresário, tem que governar. O que ele precisa é definir prioridades, entre uma pessoa que ganha R$ 30 mil e uma pessoa que ganha R$ 1 mil, na hora que eu tiver que fazer um benefício eu vou fazer para quem? É esta escolha que vai permitindo que você faça com que os de baixo comecem a subir um degrau na escada social nesse país, é essa subida na escada social que incomoda uma parte das pessoas".
Ele ainda comentou sobre as seguidas entrevistas que o presidente Jair Bolsonaro tem concedido. "O retrocesso que o Brasil está sofrendo não é legal, o Bolsonaro foi eleito presidente da República, está na hora de descer do palanque e parar de fazer fake news. Está na hora de começar a governar. Ele está dando muita entrevista agora, você viu o compadrio dele com a imprensa, em cada programa mais popular ele vai, cinquenta vezes no Datena, cinquenta vezes no Ratinho, cinquenta vezes no Silvio Santos, cinquenta na Record, ora, vá em uma entrevista e diga o que quer fazer por esse país".
Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:
Lula afirmou que os norte-americanos não se interessam pelo desenvolvimento e protagonismo brasileiro. "Os Estados Unidos não gostaram quando nós fizemos um acordo com a França para a construção de submarinos de propulsão nuclear, não gostaram. Eles não gostavam quando eu demonstrava que tinha interesse em fazer a compra do caça dos franceses, e não devem ter gostado quando a Dilma comprou o dos suecos porque eles queriam vender o deles. Aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, bote na cabeça, isso eu vivi, aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interesse essa relação do Brasil com a China, muito respeitosa com a Índia, não interessa. Quando a gente reuniu os BRICS eu sabia da ciumeira".
Questionado sobre seu governo ter incomodado os Estados Unidos, o ex-presidente concordou e ressaltou que causou incômodo sem destratar o país norte-americano. "Incomodou, não porque tratei os Estados Unidos mal, tratei bem porque sei da importância dos Estados Unidos, não destratei, apenas queria ser respeitado".
Lula também afirmou que os americanos tinham a consciência de que em uma eleição com sua participação, não seria fácil a eleição de um candidato que promovesse o desmonte do Brasil. Apesar disso, Lula negou se sentir um preso dos Estados Unidos. "Não vou dizer que sou um preso, o que eu acho é que tem interesses, porque eles tinham consciência, por tudo que eles acompanhavam na política brasileira, que dificilmente se elegeria um presidente para desmontar o Brasil se Lula fosse candidato. Por isso sou muito grato ao carinho do povo brasileiro, eu tinha consciência de que eu poderia voltar a ser presidente para fazer mais do que eu tinha feito no primeiro mandato, eu tinha consciência das coisas que eu não tinha feito, por isso eu estava propenso a voltar a ser candidato a presidência da República, é possível fazer mais".
O ex-presidente também disse que o governo tem que governar para todos e que deve definir prioridades de ação. "Para fazer essas coisas você tem que aprender a gostar do povo, o governo não tem que ser contra uma pessoa de classe média, não tem que ser contra, tem que governar para ela também, não tem que ser contra o empresário, tem que governar. O que ele precisa é definir prioridades, entre uma pessoa que ganha R$ 30 mil e uma pessoa que ganha R$ 1 mil, na hora que eu tiver que fazer um benefício eu vou fazer para quem? É esta escolha que vai permitindo que você faça com que os de baixo comecem a subir um degrau na escada social nesse país, é essa subida na escada social que incomoda uma parte das pessoas".
Ele ainda comentou sobre as seguidas entrevistas que o presidente Jair Bolsonaro tem concedido. "O retrocesso que o Brasil está sofrendo não é legal, o Bolsonaro foi eleito presidente da República, está na hora de descer do palanque e parar de fazer fake news. Está na hora de começar a governar. Ele está dando muita entrevista agora, você viu o compadrio dele com a imprensa, em cada programa mais popular ele vai, cinquenta vezes no Datena, cinquenta vezes no Ratinho, cinquenta vezes no Silvio Santos, cinquenta na Record, ora, vá em uma entrevista e diga o que quer fazer por esse país".
Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:
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