O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, votou pela
proibição de o governo vender estatais sem autorização do Congresso Nacional e
sem licitação quando o processo implicar em perda de controle acionário
247 - O ministro
Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta
quarta-feira (5) pela proibição de o governo vender estatais sem autorização do
Congresso Nacional e sem licitação quando o processo implicar em perda de
controle acionário.
Por ser relator, Lewandowski foi o primeira a manifestar sua posição sobre o tema que começou a ser julgado na semana passada e retomou a análise nesta quarta. O ministro manteve o entendimento firmado em 2018.
Por ser relator, Lewandowski foi o primeira a manifestar sua posição sobre o tema que começou a ser julgado na semana passada e retomou a análise nesta quarta. O ministro manteve o entendimento firmado em 2018.
Segundo ele,
"crescentes desestatizações" podem trazer prejuízos ao país e não se
pode deixar de levar em consideração que os processos de desestatização são
conformados por "procedimentos peculiares, entre os quais, a manifestação
do Poder Legislativo. Portanto, é necessária autorização de lei para a venda
das empresas públicas sempre que houver perda do controle acionário.
"A Carta [Constituição] de 1988 exige
sempre a aquiescência do Poder Legislativo aos processos de criação de entidade
governamental dessa espécie, ainda que tenha sido criada para explorar
atividade econômica em sentido estrito", afirmou o ministro, reforçando
que o Estado não pode "abrir mão" da exploração de determinada
atividade econômica sem a necessária participação do Congresso, uma vez que a
decisão não compete exclusivamente ao chefe do Poder Executivo.
O julgamento continua com a manifestação
dos demais ministros que deverão definir a diretriz a ser seguida pela
administração pública na venda de estatais, e o entendimento deverá servir como
regra.
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