O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, foi o padrinho do pato
amarelo que se tornou um dos símbolos da campanha pela derrubada de Dilma
Roussef e conduziu a entidade da indústria paulista a apoiar o golpe; agora, a
indústria colhe os resultados da aventura de Skaf: 1,33 milhão de empregos
cortados entre 2014 e 2017 e um saldo de 17 mil empresas fechadas; ao final de
2017, as indústrias ocupavam 7,7 milhões de pessoas, o menor patamar desde
2007
247 - O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, foi o
padrinho do pato amarelo que se tornou um dos símbolos da campanha dela
derrubada de Dilma Roussef e conduziu a entidade da indústria paulista a apoiar
o golpe de Estado de 2015-2016. Agora, a indústria colhe os resultados da
aventura de Skaf: segundo o IBGE, entre 2014 e 2017 foram cortados 1,33 milhão
de empregos no setor e há um saldo de 17 mil empresas fechadas. Ao final de
2017, as indústrias ocupavam 7,7 milhões de pessoas, o menor patamar desde
2007.
Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) de
2017, divulgada nesta quinta (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Ela indica que as indústrias empregavam 7,7 milhões
de pessoas no fim de 2017 -o menor patamar em 10 anos; em 2007 eram 7,457
milhõe. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, que
inclui os setores foral e informal, o pessoal ocupado na indústria geral
encolheu em 131 mil vagas no fim de 2018, na comparação com o fim do ano
anterior.
Segundo a pesquisa divulgada ontem, a indústria de
transformação continua líder em emprego, respondendo por 97,5% do pessoal
ocupado em 2017. Seus segmentos com maior representatividade são a fabricação
de produtos alimentícios (23,3%) e a confecção de artigos do vestuário e
acessórios (8,2%). Nas indústrias extrativas, as maiores participações são na
extração de minerais metálicos (41,4%) e não metálicos (41,1%).
Já a receita líquida das empresas do setor
industrial atingiu R$ 2,97 trilhões em valores correntes em 2017, o que
representa crescimento de 1,8% em relação ao ano anterior. Apesar de positivo
no curto prazo, a receita segue 7,7% abaixo da registrada há quatro anos, com
destaque para a queda mais intensa nas indústrias extrativas (-16,9%).
O instituto detalhou ainda que 69,6% da receita
líquida do setor estava nas mãos de companhias de grande porte, ou seja, com
500 ou mais funcionários. Isso equivalia a R$ 2,1 trilhões em valores correntes
de receita. Essa proporção não era muito diferente uma década atrás, quando
estava em 69,4%.
O levantamento abrange um universo de 318.285
empresas ativas, com uma ou mais pessoas ocupadas. No fim de 2013, esse
universo era maior, formado por 334.976 empresas.
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