O
jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do The Intercept Brasil, foi
convidado para falar sobre “ameaças recebidas no exercício da profissão de
jornalista e liberdade de imprensa no Brasil” no Conselho de Comunicação Social
do Congresso Nacional. O convite veio após uma série de reportagens sobre
escândalos da Operação Lava Jato, em que o ex-juiz e atual ministro da Justiça,
Sérgio Moro, tentou interferir no trabalho de procuradores, para tirar o
ex-presidente Lula da eleição de 2018. Casado com Glenn, o deputado David
Miranda (PSOL-RJ) denunciou à PF ameaças de morte. Corporação é subordinada a
Moro
247 - O
jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do The Intercept Brasil, foi
convidado para falar sobre “ameaças recebidas no exercício da profissão de
jornalista e liberdade de imprensa no Brasil” no Conselho de Comunicação Social
do Congresso Nacional. O convite veio após uma série de reportagens
demonstrando escândalos da Operação Lava Jato, em que o ex-juiz e atual
ministro da Justiça, Sérgio Moro, tentava interferir no trabalho de
procuradores, para tirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva da eleição
de 2018. O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), marido de Glenn Greenwald,
denunciou à Polícia Federal ter sofrido ameaças de morte. A PF é subordinada à
pasta de Justiça.
De acordo com informação da coluna de
Mônica Bergamo, dos 16 conselheiros presentes no conselho do
Congresso, um foi contra a ida de Glenn. O representante da Abert (Associação
Brasileira de Rádio e Televisão) se absteve.
Segundo uma das reportagens do
Intercept, Moro pede ao procurador Carlos Fernando que eles divulguem uma nota
à imprensa para rebater o que ele chamou de 'showzinho' da defesa do
ex-presidente Lula.
Em outra matéria do
Intercept, o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas
contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina.
"No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira,
Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ,
formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que
estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um
item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio
da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com
receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas
ajustadas e na ponta da língua'", disse o site.
Uma pauta revelou,
ainda, que Moro "sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou
novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão,
mostram conversas privadas ao longo de dois anos".
No diálogo com Dallagnol pelo aplicativo
Telegram ele escreve: "Talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas
planejadas". "Não é muito tempo sem operação?", questionou.
Também vale
ressaltar que, em mais um trecho publicado pelo The Intercept
Brasil, Moro se queixa de que a operação não pode ficar muito tempo
"parada" e Dallagnol responde afirmando que haveria a necessidade de
articular com os americanos.
Leia o excerto das mensagens
divulgadas:
"Moro – 18:44:08 – Não é muito tempo
sem operação?
Deltan – 20:05:32 – É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas
pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair
essa denúncia, menos a op do taccla pelo risco de evasão, mas ela depende de
Articulacao com os americanos
Deltan – 20:05:45 – (Que está sendo feita)
Deltan – 20:05:59 – Estamos programados para denunciar dia 14
Moro – 20:53:39 – Ok"
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