terça-feira, 18 de junho de 2019

Glenn vai ao Congresso falar sobre ameaça a jornalistas


O jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do The Intercept Brasil, foi convidado para falar sobre “ameaças recebidas no exercício da profissão de jornalista e liberdade de imprensa no Brasil” no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. O convite veio após uma série de reportagens sobre escândalos da Operação Lava Jato, em que o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, tentou interferir no trabalho de procuradores, para tirar o ex-presidente Lula da eleição de 2018. Casado com Glenn, o deputado David Miranda (PSOL-RJ) denunciou à PF ameaças de morte. Corporação é subordinada a Moro
247 - O jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do The Intercept Brasil, foi convidado para falar sobre “ameaças recebidas no exercício da profissão de jornalista e liberdade de imprensa no Brasil” no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. O convite veio após uma série de reportagens demonstrando escândalos da Operação Lava Jato, em que o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, tentava interferir no trabalho de procuradores, para tirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva da eleição de 2018. O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), marido de Glenn Greenwald, denunciou à Polícia Federal ter sofrido ameaças de morte. A PF é subordinada à pasta de Justiça. 
De acordo com informação da coluna de Mônica Bergamo, dos 16 conselheiros presentes no conselho do Congresso, um foi contra a ida de Glenn. O representante da Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) se absteve. 
Segundo uma das reportagens do Intercept, Moro pede ao procurador Carlos Fernando que eles divulguem uma nota à imprensa para rebater o que ele chamou de 'showzinho' da defesa do ex-presidente Lula.  
Em outra matéria do Intercept, o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina. "No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'", disse o site.
Uma pauta revelou, ainda, que Moro "sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos".
No diálogo com Dallagnol pelo aplicativo Telegram ele escreve: "Talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas planejadas". "Não é muito tempo sem operação?", questionou.
Também vale ressaltar que, em mais um trecho publicado pelo The Intercept Brasil, Moro se queixa de que a operação não pode ficar muito tempo "parada" e Dallagnol responde afirmando que haveria a necessidade de articular com os americanos. 
Leia o excerto das mensagens divulgadas: 
"Moro – 18:44:08 – Não é muito tempo sem operação?

Deltan – 20:05:32 – É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla pelo risco de evasão, mas ela depende de Articulacao com os americanos
Deltan – 20:05:45 – (Que está sendo feita)
Deltan – 20:05:59 – Estamos programados para denunciar dia 14
Moro – 20:53:39 – Ok"



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