quinta-feira, 13 de junho de 2019

Gleen: todos os jornalistas querem acesso à Vaza Jato, menos a Globo


Em entrevista à rádio Jovem Pan, Glenn Greenwald afirmou que todos os jornalistas do Brasil querem ter acesso ao vazamento da Lava Jato, menos as organizações Globo, que "quer diminuir vaza jato e proteger Moro"; ele diz que pretende compartilhar o conteúdo com quem quiser; o editor do Intercept confirmou que conversou com a Globo sobre uma parceria de divulgação de material, como disse a emissora em nota, mas que teria sido informado que "o João Roberto Marinho proibiu seus funcionários 
247 - O jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, que revelou no último domingo trocas de mensagens entre o ex-juiz federal Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, concedeu entrevista à Jovem Pan nesta quinta-feira (13), em que afirma que todos os jornalistas do Brasil querem ter acesso ao vazamento que revelam as conversas, menos as organizações Globo, pois a emissora "quer diminuir vaza jato e proteger Moro".
Glenn confirmou que conversou com a Globo sobre uma parceria de divulgação de material, como disse em nota a emissora, mas que teria sido informado que "o João Roberto Marinho [um dos donos da emissora] proibiu seus funcionários de trabalharem com ele há seis meses". Ele afirmou ainda que pretende compartilhar o material com quem quiser.
O jornalista, hoje no Intercept, já havia firmado parceria com a empresa na divulgação das informações vazadas por Edward Snowden. Pelo Twitter, ele respondeu à nota da Globo e diz que, "ao difamá-lo, o objetivo da emissora é claro: distrair a atenção da substância das reportagens que expõe sérios desvios na conduta de Moro, Deltan, e a força-tarefa da Lava Jato".
Lula 
Para Glenn Greenwald, o vazamento expõe que Moro quebrou todas as regras éticas. Ele também defende a anulação da sentença que condenou Lula. "Ele precisa ser julgado de forma justa, por um juiz que segue regras", ressalta.
O editor do Intercept ainda diz que a quinta parte da divulgação, feita na noite desta quarta-feira (12) e que traz o contexto dos diálogos divulgados anteriormente, além de novas conversas, mostra que os procuradores deixam claro que precisam vetar a entrevista de Lula para prejudicar a candidatura do então candidato Fernando Haddad, explicita o caráter político da Lava Jato. 



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