Pacote de
mensagens aponta que Sergio Moro e Deltan Dallagnol atuaram em sintonia no
episódio do grampo ilegal da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente
Lula, que foi vazado para o Jornal Nacional e foi determinante para o golpe de
2016, que abriu espaço para a ascensão da extrema-direita no Brasil
247 – "Procuradores
na linha de frente da Operação Lava Jato se articularam para proteger Sergio
Moro e evitar que tensões entre ele e o Supremo Tribunal Federal paralisassem
as investigações num momento crítico para a força-tarefa em 2016", aponta
a primeira reportagem
decorrente da parceria entre a Folha de S. Paulo e o The Intercept. "O
objetivo era evitar que a divulgação de papéis encontrados pela Polícia Federal
na casa de um executivo da Odebrecht acirrasse o confronto com o STF ao expor
indevidamente dezenas de políticos que tinham direito a foro especial -- e que
só podiam ser investigados com autorização da corte."
Moro e Dallagnol temiam que o ministro
Teori Zavascki desmembrasse os inquéritos que estavam sob controle de Moro em
Curitiba, uma vez que atingiam políticos com foro privilegiado.
"Tremenda bola nas costas da Pf", disse Moro. "E vai
parecer afronta". Moro também se referiu à palavra 'lambança', ao se
referir ao erro da PF.
"Saiba não só
que a imensa maioria da sociedade está com Vc, mas que nós faremos tudo o que
for necessário para defender Vc de injustas acusações", respondeu
Dallagnol, sobre o fato de Moro ter em seu poder dados sobre pessoas com foro
privilegiado.
Nesta primeira parceria, Folha e Intercept
mostram que o juiz deve se manter equidistante entre acusação e defesa – e não atuar
como uma das partes. O que as mensagens revelam é que Moro foi chefe da
acusação em toda a Operação Lava Jato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário