Além de cumprir um
requisito fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o momento é importante
para que tanto os vereadores, quanto à população possam acompanhar e ter a
oportunidade de questionar a execução orçamentária e o cumprimento dos índices
obrigatórios
(Foto: Guto Marques) |
A consolidação dos
dados da receita e despesa de todos os órgãos da administração direta e
indireta de Apucarana referente aos primeiros quatro meses do ano foi
apresentada nesta segunda-feira (27/05) pela secretária Municipal da Fazenda,
Sueli Pereira, em audiência pública realizada no plenário da Câmara Municipal
de Vereadores. Além de cumprir um requisito fixado pela Lei de Responsabilidade
Fiscal, o momento é importante para que tanto os vereadores, quanto à população
possam acompanhar e ter a oportunidade de questionar a execução orçamentária e
o cumprimento dos índices obrigatórios. “Ressalto que o dinheiro público está
sendo administrado de forma transparente pela gestão Beto Preto, que tem
continuidade com o prefeito Júnior da Femac, e está sendo revertido em
melhorias nas escolas, unidades básicas de saúde, infraestrutura urbana e
rural, enfim, em ações que elevam a qualidade de vida dos apucaranenses”, disse
a secretária Municipal da Fazenda.
Dentro das ações de controle e
planejamento, ela ressalta a relevância das audiências quadrimestrais. “O
acompanhamento periódico da execução orçamentária permite à gestão municipal
estimar a evolução das receitas e despesas do exercício e antecipar a
necessidade de correções de rumo a tempo de garantir o cumprimento das metas
fiscais definidas na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e no Plano Plurianual
(PPA)”, esclareceu Sueli.
Com relação ao balanço contábil do
quadrimestre, a secretária lembrou que o orçamento previsto para 2019, segundo
a LOA (Lei Orçamentária Anual) aprovada em 2018 pelos vereadores e sancionada
pelo então prefeito Beto Preto, atual secretário de Estado da Saúde, é de
R$372.703.049,05. “Assim, no que tange às receitas, de janeiro a abril deste
ano, entraram nos cofres municipais 32,92% do previsto, ou o mesmo que
R$122.693.722,40”, informou.
Destaque para a arrecadação do Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU), que teve 66,16% (R$11.257.724,61)
liquidado pelos contribuintes (previsão de R$17 milhões) e o Imposto de
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), com arrecadação de 75,56%
(R$15.004.756,10) dos previstos R$19.859.033,00 para o exercício. Outras receitas
importantes no primeiro quadrimestre, segundo o relatório apresentado, foram o
Fundo de Participação dos Municípios (FPM), onde foi arrecadado R$19.873.783,76
(33,68%); Repasse Fundo a Fundo Saúde com arrecadação de R$22.389.966,35
(24,93%); ICMS com R$15.442.762,80 (28,59%) e o Fundeb com R$20.015.217,81
(35,19%).
As despesas realizadas no período foram na
ordem de R$166.737.054,27, ou o mesmo que 44,74% do orçamento previsto para o
ano. Com o pagamento de sentenças judiciais, a gestão Beto Preto desembolsou
R$5.025.627,70 (35,90%) somente de janeiro a abril. O principal da dívida
contratual resgatado foi de R$1.266.672,92 e os juros sobre a dívida absorveram
outros R$377.809,51. “O pagamento da dívida pública e precatórios herdados pela
atual administração consumiu R$6.670.110,13 no período, ou o mesmo que 5,43% da
receita municipal”, lamentou Sueli. A peça orçamentária prevê pagamento de R$14
milhões em sentenças judiciais ao longo de 2019. “Sempre importante lembrar que
nenhum centavo desta dívida foi feita pela gestão Beto Preto”, assinalou.
A título de duodécimo, que é o repasse
mensal obrigatório que deve ser feito pelo Executivo para o Legislativo, a
Câmara de Vereadores recebeu repasse de R$3.828.910,84 (31,89%), entre janeiro
e abril. Até o final do ano, o total de repasses deve chegar a R$12.005.015,40.
A Receita Corrente Líquida (RCL) dos últimos 12 meses fechou na ordem de
R$332.561.609,51. “A percentagem da despesa com pessoal, tendo em vista esta
RCL, ficou na casa dos 44,1%, abaixo do limite de alerta que é de 48,6%, do
limite prudencial (51,3%) e do limite máximo (54%)”, explicou Sueli Pereira,
secretária Municipal da Fazenda.
Durante a audiência, que contou com a
presença dos vereadores Luciano Molina, Gentil Pereira, Márcia Sousa, Marcos da
Vila Reis, Rodolfo Mota, Franciley “Poim” Godoi e Antônio Carlos Sidrin, também
foram revelados números relativos à prestação de contas na área da Criança e
Adolescente e realizado um resumo das atividades e procedimentos da Autarquia
Municipal de Saúde (AMS).
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