Temer
prometeu, em coletiva de imprensa, que irá se entregar
REUTERS / Adriano Machado (Foto de arquivo) |
O ex-presidente da República Michel Temer deve se apresentar
à Polícia Federalm (PF) nesta quinta-feira (9), depois que o Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF2), com sede no Rio de Janeiro, suspendeu os habeas
corpus do ex-presidente e do coronel João Baptista Lima Filho que os mantinham
em liberdade. O ex-presidente falou com a imprensa na noite dessa quarta-feira
(8) em São Paulo e prometeu se apresentar à PF. A 1ª Turma Especializada do
TRF2 julgou o mérito dos habeas corpus na tarde de ontem.
Operação
Descontaminação
Depois
de terem sido presos na Operação Descontaminação, no dia 21 de março, Temer e o
Coronel Lima foram soltos quatro dias depois, dia 25, em uma decisão liminar do
desembargador Ivan Athié, que integra a 1ª Turma do TRF2 com mais dois
desembargadores: Abel Gomes e Paulo Espírito Santo.
As
defesas de Temer e do coronel Lima pediram que eles possam se apresentar à
Justiça, sem serem capturados. Abel Gomes disse que vai expedir novos mandados
de prisão e que os dois poderão se apresentar nos locais em que preferirem.
O
ex-presidente foi preso preventivamente junto com o ex-ministro e outros
acusados de integrar uma quadrilha que cometeu crimes de corrupção relacionados
à construção da Usina Nuclear Angra 3. A pedido da defesa, após ser preso,
Temer foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de
Janeiro. O ex-ministro Moreira Franco estava preso no Batalhão Especial
Prisional (BEP), em Niterói.
As
prisões foram determinadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal
Criminal, que julga os processos relacionados à Lava Jato no Rio de Janeiro.
Defesas
O
advogado do ex-presidente Michel Temer, Eduardo Pizarro Carnelós, disse, assim
que terminou a audiência, que hoje irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ). Também informou que Temer se apresentará espontaneamente à Justiça nesta
quinta, em São Paulo.
“Só
posso lamentar, porque considero uma injustiça. Não há fundamentos”, disse
Carneló. Para o advogado, a decisão do tribunal levou em conta o que chamou de
“dar um exemplo à sociedade”, mas, segundo ele, não há risco à ordem pública.
A
defesa do coronel Lima saiu sem comentar a decisão da Justiça.
*Colaboraram Vinícius Lisbôa e
Vladimir Platonow
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