Foto: Di Fraga / A7 Press |
Um grupo de 38 presos, incluindo todos os réus da Lava
Jato, foi transferido para um novo espaço dentro do Complexo Médico Penal em
Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A sexta galeria, que desde 2015
abrigava investigados na operação e réus com direito a prisão especial, foi
esvaziada para dar lugar a detentos de outro perfil.
Figuras
como o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado federal Eduardo Cunha e o
operador financeiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, estão agora isolados
do restante do presídio, em um prédio onde funcionou o Hospital Penitenciário,
desativado desde 2017 para uma reforma. O novo espaço não agradou a todo mundo.
Alguns dos presos, como Eduardo Cunha, teriam reclamado da transferência,
especialmente porque tiveram que trocar as celas onde ficavam até três pessoas
por outras onde precisam ficar em seis ou sete.
Por outro
lado, a mudança tem rendido um sono mais tranquilo. Isso porque no antigo
hospital não é mais possível ouvir gritos que frequentemente vinham das
galerias 1 e 2, onde estão detidos pacientes em tratamento psiquiátrico. O
Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) confirmou nesta
segunda-feira (20) que a mudança foi feita na quinta-feira passada (16), como
parte de uma demanda por vagas.
O antigo
Hospital Penitenciário seria o único local disponível no momento para abrigar
presos de colarinho branco e réus com direito a prisão especial. Segundo fontes
ouvidas pela BandNews, a sexta galeria passa a ser ocupada por presos
enquadrados em crimes da Lei Maria da Penha e também por falta de pagamento de
pensão alimentícia – dois grupos que exigem isolamento por questões de
segurança.
De acordo
com o Depen, a sexta galeria tem capacidade para 94 presos, mas estava com
apenas 38. Depois da mudança, o espaço deve ser utilizado integralmente. Os
presos da Lava Jato puderam escolher, por afinidade, com quem dividiriam as
celas. Uma delas estaria ocupada por Eduardo Cunha, José Dirceu, Paulo Preto,
Gerson de Mello Almada, Gim Argello, José Antonio de Jesus e João Vaccari Neto.
Na tarde
desta segunda-feira (20), parte dos 38 presos ainda estava sem cama, mas todos
com colchões. Integrantes das Comissões de Direitos Humanos e de Prerrogativas
dos Advogados da OAB Paraná estiveram no Complexo Médico Penal para verificar
as condições do novo espaço. Entre os detidos estão dez advogados, como Gim
Argello e José Dirceu, que têm direito a prisão em sala equivalente à de Estado
Maior, como prevê o Estatuto da Advocacia, que é uma lei federal.
Fonte:
Paranaportal
Nenhum comentário:
Postar um comentário