Com 36,2% da população considerando a gestão de Jair
Bolsonaro "ruim" ou "péssima" e 28,6% avaliando como
"ótima" ou "boa", pela primeira vez a desaprovação do
Governo Bolsonaro superou a aprovação, aponta pesquisa da consultoria Atlas
Político divulgada nesta terça-feira (21) pelo El País
247 - Com 36,2% da população considerando a gestão
de Jair Bolsonaro "ruim" ou "péssima" e 28,6% avaliando
como "ótima" ou "boa", pela primeira vez a desaprovação do
Governo Bolsonaro superou a aprovação, aponta pesquisa da consultoria
Atlas Político divulgada nesta terça-feira (21) pelo El País.
Os dados foram colhidos entre 19 e 21 de maio, com
2.000 pessoas recrutadas na internet e amostra balanceada por meio de
algoritmo. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Em relação a
abril, quando completou 100 dias de mandato, a desaprovação do Governo
Bolsonaro aumentou cinco pontos.
"O resultado mostra uma conversão de avaliação
regular em ruim ou péssimo. Ou seja, uma intensificação da rejeição entre os
que já não estavam gostando tanto assim do Governo. Por outro lado, se você
olhar a aprovação, ela caiu menos. Mostra uma certa resiliência da base que ele
tem e que parece estar segurando bastante bem", analisa Andrei Roman, diretor
do Atlas Político.
"Esta base ainda fiel ao bolsonarismo será
posta à prova no próximo domingo, dia 26 de maio, para quando os apoiadores do
presidente convocam marchas em ao menos 50 cidades do país. A mobilização não é
um consenso na coalizão que ajudou a eleger Bolsonaro, que inclui os movimentos
que fizeram campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff, e nem mesmo no próprio
partido do presidente, o PSL. 'O que a pesquisa mostra é que ainda existe um
percentual grande da população ainda apoia o presidente e eu não ficaria
surpreso se há manifestações expressivas a favor do presidente e, dias depois,
manifestações expressivas contra ele. É só um resultado da polarização da
sociedade que continua', analisa Roman. Para ele, ainda é cedo para dizer se
Bolsonaro conseguirá estancar a queda de apoio. "Depende de produzir
resultados na economia e na queda do desemprego', diz".
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