No dia que milhões de brasileiros inundam as ruas do País em
defesa da Educação, um novo tsunami atinge o governo Jair Bolsonaro; segundo
o Ministério Público do Rio de Janeiro, entre 2010 e 2017, o
senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), na época deputado estadual, lucrou R$ 3,089
milhões em transações imobiliárias em que "há suspeitas de subfaturamento
nas compras e superfaturamento nas vendas", informou a Veja nesta
quarta-feira (15); entre salas e apartamentos, o filho de Jair
Bolsonaro investiu R$ 9,425 milhões na compra de 19 imóveis
247 - Segundo os
promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro, entre 2010 e
2017, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) - então deputado estadual -
"lucrou 3,089 milhões de reais em transações imobiliárias em que há
'suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas', informou
a Veja nesta
quarta-feira (15). Entre salas e apartamentos, o filho de Jair
Bolsonaro investiu 9,425 milhões de reais na compra de 19 imóveis.
A Veja obteve documento sigiloso em que o
MP afirma que a suposta fraude pode ter ocorrido para 'simular ganhos de
capital fictícios' que encobririam 'o enriquecimento ilícito decorrente dos
desvios de recursos' da Assembleia Legislativa do Rio.
"No documento, os promotores citam
casos em que teria havido uma valorização excessiva de imóveis comprados por
Flávio. Em 27 de novembro de 2012, ele comprou, por 140 mil reais, um
apartamento na Avenida Prado Junior, em Copacabana – 15 meses depois, em fevereiro
de 2014, vendeu o imóvel por 550 mil reais, o que representa um lucro de 292%.
De acordo com o índice Fipezap, utilizado no mercado imobiliário, a valorização
de imóveis no bairro ficou, no período, em 11%. Também em novembro de 2012,
Flávio comprou, por 170 mil reais, um apartamento na Rua Barata Ribeiro, também
em Copacabana, que, um ano depois, seria vendido por 573 mil reais, lucro de
237%. No período, o índice de valorização ficou em 9%. Na medida cautelar, os
promotores apontam que os valores declarados para a compra foram inferiores aos
do mercado; e, os da venda, superiores. Citam também que os dois imóveis foram
intermediados por um americano, Glenn Howard Dillard. Proprietário do
apartamento na Prado Junior, o também americano Charles Eldering, acuou Dillard
de não ter lhe repassado o valor da venda", conta a reportagem.
O MP afirma na ação ter encontrado
elementos que indicam a prática, no gabinete do então deputado, dos crimes de
peculato (apropriação, por funcionário público de bens alheios), lavagem de
dinheiro e organização criminosa.
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