Em entrevista que
Lula concedeu ao jornalista Kennedy Alencar no último dia 3 de maio, o
ex-presidente condenou todo o esquema jurídico-midiático arquitetado pela
Operação Lava Jato que o impediu de disputar as eleições presidenciais e
culminou em sua prisão política; "Eu não vou morrer antes de provar que
Moro é mentiroso", salientou
Lula afirmou
"que o processo tinha que cair na mão do Moro porque quem fez o pacto com
a imprensa". "Kennedy, é importante lembrar que o Moro visitou a
redação de todos os jornais, de todas as revistas, de todos os canais de
televisão. O Moro não precisava ser juiz. Se ele fosse repórter, já valia a
condenação, porque a imprensa recebia as acusações antes dos advogados",
expôs.
Ele ainda ressaltou que "hoje, no
Brasil, você é condenado pela manchete do jornal, você não é condenado pelo
processo". "Eu duvido que você encontre na sentença do Moro uma
afirmação de que tem dinheiro da Petrobras. Eu duvido que você encontre uma
afirmação de que o apartamento é meu. Por que você acha que eu fico bravo? É
porque eu não vou morrer antes de provar que o Moro é mentiroso, não vou morrer
antes de provar que o Dallagnol é mentiroso, não vou morrer antes de provar que
o inquérito contra mim é mentiroso, que a juíza que deu a sentença mentiu a meu
respeito, que o TRF-4 [Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto
Alegre] mentiu a meu respeito", acrescentou o ex-presidente.
"Por que você acha que eu estou aqui?
Por que você acha que eu digo que não troco a minha dignidade pela minha
liberdade? De vez em quando, as pessoas falam: 'Mas agora foi julgado lá, tem a
tal da detração, você já pode sair'. Obviamente, quando os meus advogados
disserem: 'Lula, você pode sair' eu vou sair. Só sairei daqui se qualquer coisa
que tiver que se tomar uma decisão não me impedir de continuar brigando pela
minha inocência", disse ele.
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