Encontro promovido pela
FAP em parceria com Secretaria da Mulher debate Empoderamento e Protagonismo da
Mulher Negra
Com o auditório
lotado, a Faculdade de Apucarana (FAP), em parceria com a Secretaria da Mulher
e Assuntos da Família, realizou nesta terça-feira (28/5), no Cine Teatro Fênix,
o IV Psicon. Nessa edição o tema central foi “Empoderamento e protagonismo da mulher
negra”.
O primeiro a subir à tribuna foi o diretor
da FAP, Lisandro Rogério Modesto, que em sua fala chamou a atenção para a
relevância do encontro, que segundo ele é o maior do Estado do Paraná a
discutir essa temática, bem como da importância da cultura africana na formação
da cultura brasileira. Para ele, é fundamental valorizar o legado da cultura
negra.
A secretária Municipal da Mulher e
Assuntos da Família, Denise Canesin Machado, esteve representando o prefeito de
Apucarana, Júnior da Femac. Ela salientou que o trabalho da secretaria, de
políticas públicas para as mulheres, tanto de acolhimento como de empoderamento
delas, incluíam as mulheres negras, e que a parceria desenvolvida com a FAP
para o encontro revestia-se de grande importância. “Também quero destacar o
esmero com que a faculdade vem tratando essa temática e o crescente sucesso do
Psicon, que chega agora ao quarto ano”, disse.
A organizadora do encontro, Camilla
Bolonhezi, contou ao público sobre o nascimento do Psicon, que surgiu de uma
disciplina que ela leciona no curso de psicologia. Em 2016, os alunos e ela
tiveram a ideia de fazer um encontro no final do ano, que reuniu 150 pessoas e
foi realizado no próprio campus. Mas o crescimento das discussões sobre
invisibilidade do negro, afrodescendência, identidade negra, e a parceria
estabelecida com a prefeitura por meio da secretaria da Mulher, levaram o
evento de extensão a debater, já no Cine Teatro, a Consciência Negra; na
segunda edição, o tema foi a Afrobetização e, no ano passado, o Racismo
Institucional. “O Psicon vem crescendo não só em termos de público, mas em
visibilidade”, afirmou Camilla.
A palestrante da noite foi a doutora em
educação pela Universidade de Maringá Ana Lúcia da Silva, que falou sobre a
situação do negro depois da libertação dos escravos, fazendo ao mesmo tempo um
apanhado histórico e social. Na palestra, a professora expôs a luta do povo
negro contra o racismo e a desigualdade, trazendo para o cotidiano dos dias
atuais exemplos claros do mito da democracia racial.
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