sexta-feira, 10 de maio de 2019

Grupos de whatsapp de Bolsonaro orquestram ataques contra universidades


Reprodução

O professor do Departamento de Ciência da Computação da UFMG Fabrício Benevenuto denuncia que "o monitor de whatsapp nesses últimos dias está inundado de memes e imagens contra as universidades federais"; "São imagens de pessoas nuas em festas e protestos e memes dizendo que os alunos das federais levam mais de 12 anos pra formar, pois só usam drogas", continuou; "Quem financia essa fábrica de desinformação?"
247 - O professor Associado do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais Fabrício Benevenuto, pesquisador em redes sociais online, denuncia no Twitter que "o monitor de whatsapp nesses últimos dias está inundado de memes e imagens contra as universidades federais".
"São monografias/dissertações/eventos ridicularizados por seus títulos e temas", escreveu o estudioso no Twitter. "São imagens de pessoas nuas em festas e protestos e memes dizendo que os alunos das federais levam mais de 12 anos pra formar, pois só usam drogas", continuou. "Claramente é um esforço orquestrado. Trabalho de profissional. Segue o mesmo estilo da campanha eleitoral. Quem financia essa fábrica de desinformação?", questionou.
A postagem dele sugere que o WhatsApp continua como arma fundamental para o governo Jair Bolsonaro orquestrar ataques contra setores progressistas, assim como aconteceu na eleição de 2018, quando houve a campanha ilegal contra o então presidenciável Fernando Haddad financiada por empresas e que se baseou na divulgação de fake-news (notícias falsas) no WhatsApp para prejudicá-lo , conforme denunciou uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
matéria apontou, ainda, que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan.
Agora, os eventuais ataques a universidades fazem parte uma estratégica para difamar o ensino público nas instituições de ensino superior e abrir espaço para a privatizações dessas entidades, atendendo à agenda neoliberal que voltou com força no Brasil após o golpe contra Dilma Rousseff em 2016. O curioso é que Elizabeth Guedes, irmã do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, é vice-presidenta da Associação Nacional de Universidades Privadas (Anup), mais um indicativo do quanto a privatização da Educação é uma bandeira que vem sendo cada vez mais estampado pela atua gestão.
Outro sinal da agenda que tenta dilapidar o que é público é o corte de verba de universidades anunciado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, que, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, falou em mal desempenho e em "balbúrdia" nessas instituições para justificar a medida. Para o titular da pasta, existem universidade que promovem eventos impróprios, como protestos partidários. 
Corte de verba mais a a vigência da PEC do Teto dos Gastos que prevê o congelamento de investimento público por 20 anos está sendo uma "fórmula" para o Brasil se torna símbolo do imediatismo político e da violação dos direitos humanos. 



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