O professor do
Departamento de Ciência da Computação da UFMG Fabrício Benevenuto denuncia que
"o monitor de whatsapp nesses últimos dias está inundado de memes e
imagens contra as universidades federais"; "São imagens de pessoas
nuas em festas e protestos e memes dizendo que os alunos das federais levam
mais de 12 anos pra formar, pois só usam drogas", continuou; "Quem
financia essa fábrica de desinformação?"
"São
monografias/dissertações/eventos ridicularizados por seus títulos e
temas", escreveu o estudioso no Twitter. "São imagens de pessoas nuas
em festas e protestos e memes dizendo que os alunos das federais levam mais de
12 anos pra formar, pois só usam drogas", continuou. "Claramente é um
esforço orquestrado. Trabalho de profissional. Segue o mesmo estilo da campanha
eleitoral. Quem financia essa fábrica de desinformação?", questionou.
A postagem dele sugere que o WhatsApp
continua como arma fundamental para o governo Jair Bolsonaro orquestrar ataques
contra setores progressistas, assim como aconteceu na eleição de 2018, quando
houve a campanha ilegal contra o então presidenciável Fernando Haddad
financiada por empresas e que se baseou na divulgação de fake-news (notícias
falsas) no WhatsApp para prejudicá-lo , conforme denunciou uma reportagem do
jornal Folha de S. Paulo.
A matéria apontou,
ainda, que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas
compradoras, está a Havan.
Agora, os eventuais ataques a
universidades fazem parte uma estratégica para difamar o ensino público nas
instituições de ensino superior e abrir espaço para a privatizações dessas
entidades, atendendo à agenda neoliberal que voltou com força no Brasil após o
golpe contra Dilma Rousseff em 2016. O curioso é
que Elizabeth Guedes, irmã do atual ministro da Economia, Paulo
Guedes, é vice-presidenta da Associação Nacional de Universidades Privadas
(Anup), mais um indicativo do quanto a privatização da Educação é uma bandeira
que vem sendo cada vez mais estampado pela atua gestão.
Outro sinal da agenda que tenta dilapidar
o que é público é o corte de verba de universidades anunciado pelo ministro da
Educação, Abraham Weintraub, que, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo,
falou em mal desempenho e em "balbúrdia" nessas instituições para
justificar a medida. Para o titular da pasta, existem universidade que promovem
eventos impróprios, como protestos partidários.
Corte de verba mais a a vigência da PEC do
Teto dos Gastos que prevê o congelamento de investimento público por 20 anos
está sendo uma "fórmula" para o Brasil se torna símbolo do
imediatismo político e da violação dos direitos humanos.
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