Reportagem especial aponta que Jair Bolsonaro e Abraham
Weintraub abandonaram os principais desafios da educação para se dedicar à
chamada 'guerra cultural'; no último dia 15, mais de 2 milhões de brasileiros
protestaram contra a destruição da educação pelo atual governo
247 – "Nos cinco primeiros
meses de governo Bolsonaro, os problemas centrais da Educação não foram
atacados. Além da incapacidade de gestão que paralisou o setor, o curto período
foi marcado por uma troca de ministro e o corte de verbas de R$ 7,4 bilhões nas
despesas discricionárias (as não obrigatórias, que excluem salários e
aposentadorias) do MEC, principal motivação das manifestações que paralisaram o
país na semana passada. Seis especialistas ouvidos pelo GLOBO listaram os temas
urgentes da área nos quais o governo federal deveria estar se concentrando ao
menos desde janeiro", aponta reportagem dos jornalistas Paula Ferreira e
Raphael Kepa, publicada no jornal O Globo.
"São eles: o financiamento
do ensino básico, que precisa ser negociado com o Congresso ainda neste ano e
afeta cerca de 40 milhões de alunos em todo o país; a formação de professores,
inadequada em todos os níveis; a distorção idade/série, em especial no ensino
médio (no qual 28,2% dos alunos não estão na série em que deveriam); o acesso
ao ensino superior, que precisa chegar a 50% da população adulta até 2024; os
cortes de bolsas de pós-graduação, que ameaçam a produção científica; e a
alfabetização — mais da metade dos alunos chega ao terceiro ano do ensino
fundamental com níveis insuficientes em leitura e matemática", apontam.
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