quinta-feira, 9 de maio de 2019

EUA sobem tom de ameaças contra Venezuela após prisão de “vice” de Guaidó


REUTERS/Manaure Quintero
Após agentes de inteligência da Venezuela prenderem Edgar Zambrano, vice do autodeclarado presidente Juan Guaidó, o governo dos Estados Unidos subiu o tom das ameaças contra o governo do presidente Nicolás Maduro alertando  para "consequências" se ele não for libertado; na semana passada, o governo venezuelano sufocou uma tentativa de golpe apoiado pelos EUA
Reuters - Agentes de inteligência da Venezuela detiveram o vice do líder da oposição Juan Guaidó no Congresso, na quarta-feira, usando um caminhão guincho para levá-lo dentro de seu veículo, o que levou o governo dos Estados Unidos a alertar para "consequências" se ele não for libertado.
A agência de inteligência Sebin deteve Edgar Zambrano, vice-presidente da Assembleia Nacional presidida por Guaidó, na primeira prisão de um parlamentar desde que Guaidó tentou provocar um levante militar para derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro na semana passada.
Na terça-feira, a Assembleia Constituinte, que é pró-Maduro, concordou em privar Zambrano e seis outros parlamentares de sua imunidade parlamentar para que eles possam ser processados. A oposição não reconhece as decisões da Constituinte.
Anteriormente a Suprema Corte acusou os parlamentares de conspiração, rebelião e traição, e na quarta-feira acusou outros três parlamentares opositores dos mesmos crimes.
A oposição diz que Maduro aparelhou o Supremo com seus apoiadores, e nesta semana Washington ameaçou punir todos os seus membros.
A embaixada dos EUA na Venezuela, hoje sediada em Washington, disse que a "detenção arbitrária" de Zambrano foi "ilegal e indesculpável".
"Maduro e seus cúmplices são os responsáveis diretos pela segurança de Zambrano. Se ele não for libertado imediatamente, haverá consequências", disse a embaixada no Twitter.
Na semana passada, uma tentativa de levante de Guaidó, reconhecido pelos EUA e outros países ocidentais como o chefe de Estado legítimo do país, foi incapaz de afastar Maduro, assim como uma série de sanções norte-americanas contra o governo. Maduro denuncia tais ações como uma tentativa de golpe.
"Um dos principais conspiradores do golpe acaba de ser preso", disse Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Constituinte, em comentários transmitidos pela televisão estatal.
"Eles terão que pagar diante dos tribunais pelo golpe fracassado que tentaram".
Zambrano disse no Twitter que, perto das 18h40 (horário local), agentes do Sebin cercaram seu veículo diante da sede do partido Ação Democrática, no bairro La Florida, em Caracas.
Guaidó disse no Twitter: "O regime sequestrou o primeiro vice-presidente".


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