Acuado e isolado, Bolsonaro corre para pedir ajuda à Rede
Globo; o vice-presidente Institucional do grupo, Paulo Tonet, tem encontro
marcado com Bolsonaro às 16h desta terça; a Globo apoiou o golpe contra Dilma e
a eleição de Bolsonaro, mas rompeu com o governo nas últimas semanas;
articulação semelhante levou à queda de Gustavo Bebianno da
Secretaria-Geral da Presidência em fevereiro; "Gustavo, o que eu acho
desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí
dentro", disse Bolsonaro a Bebbiano à época
247 - Acuado e isolado, Jair Bolsonaro agora corre para
pedir ajuda à Rede Globo. O vice-presidente Institucional do Grupo Globo,
Paulo Tonet, tem um encontro marcado com Bolsonaro às 16h desta terça-feira
(21), acompanhado do ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da
República, Onyx Lorenzoni. A Globo apoiou o golpe contra Dilma Rousseff e
a eleição de Bolsonaro, mas rompeu com o governo nas últimas semanas. Uma
articulação semelhante levou à queda de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral
da Presidência da República em 18 de fevereiro.
Em áudio vazado
à época, Bolsonaro censurava Bebianno pela iniciativa.
"Gustavo, o que eu acho desse cara da
Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a
mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando
da Globo. Então não dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora… Inimigo
passivo, sim. Agora… Trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. Pô,
cê tem que ter essa visão, pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter
um relacionamento legal dessa forma porque cê tá trazendo o maior cara que me
ferrou – antes, durante, agora e após a campanha – para dentro de casa. Me
desculpa. Como presidente da República: cancela, não quero esse cara aí dentro,
ponto final", disse.
Bolsonaro se sentiu traído por Bebianno, a
reunião acabou cancelada e o ministro caiu (confira
aqui).
O presidente não goza de boas relações com
a emissora da família Marinho. Em seu primeiro trimestre de governo, Bolsonaro
privilegiou o SBT e a Record, com aumento de receita publicitária dos órgãos
federais. O faturamento da emissora de Edir Macedo chegou a 10,3 milhões em
2019. O SBT ficou R$ 7,3 milhões e a Globo, com R$ 7,07 milhõesl algo inédito
nas relações do grupo com o governo federal.
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