Logo após ser
demitida, a ex-diretora de Negócios da Agência de Promoção à
Exportação (Apex), Letícia Catelani, postou em seu Twitter que está
pagando o preço por combater a corrupção no governo Bolsonaro; "Sofri
pressão de dentro do governo pela manutenção de contratos espúrios",
escreveu ela, que foi derrubada pelos militares
Carta Capital - Um
dos assuntos mais comentados na redes sociais nesta terça-feira 7 é a demissão
da diretora de Negócios da Agência de Promoção à Exportação (Apex), Letícia
Catelani. A ex-integrante da pasta foi demitida assim que o novo presidente da
agência, o contra-almirante Sergio Ricardo Segovia Barbosa, assumiu o cargo.
Letícia foi uma indicação de Ernesto
Araújo, que representa a ala olavista do governo e sua demissão é resultado da
verdadeira querra que convulsiona o governo (militares x olavistas). Assim que
foi demitida, a ex-diretora postou em seu Twitter que está pagando o preço por
combater a corrupção. "Sofri pressão de dentro do governo pela manutenção
de contratos espúrios", afirmou.
Combati incansavelmente a corrupção
e fechei as torneiras que a alimentavam. Estou pagando o preço. Sofri pressão
de dentro do governo pela manutenção de contratos espúrios, além de ameaças e
difamações. Não me intimidei! Gratidão pelo apoio e o movimento #somostodosleticia 🙏🏻
O novo presidente
da agência também destituiu do cargo o diretor Márcio Coimbra, outro indicado
pelo chanceler Ernesto Araújo. A Apex acabou se tornando um cenário da disputa
ideológica do governo de Jair Bolsonaro. Segóvia, que assumiu o cargo na
segunda-feira 6 é o terceiro presidente da agência desde janeiro.
Letícia era tratada dentro da Apex como
uma pessoa "indemissível" por ter trabalhado na campanha do
presidente. Foi ela quem providenciou um avião para levar o cirurgião Antonio
Luiz Macedo a Juiz de Fora após Bolsonaro sofrer uma facada, durante a campanha
eleitoral.
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