sexta-feira, 31 de maio de 2019

Condenado por não pagar INSS, dono da Havan compra jato de R$ 250 milhões


O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro, anunciou nesta sexta-feira, 31, a compra de um jato particular, modelo Bombardier Global 6000, um dos maiores aviões particulares do mundo; aeronave, que tem autonomia para voar de Florianópolis a Berlim, veio do Canadá e custou o equivalente a R$ 250 milhões – R$ 25 milhões só em impostos, Hang faz questão de ressaltar
247 - O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro, anunciou nesta sexta-feira, 31, a compra de um jato particular, modelo Bombardier Global 6000, um dos maiores aviões particulares do mundo.
A aeronave, que tem autonomia para voar de Florianópolis a Berlim, veio do Canadá e custou o equivalente a R$ 250 milhões – R$ 25 milhões só em impostos, Hang faz questão de ressaltar.
"Jatinhos mostram a pujança da economia. Em 2015, na faixa mais acima, onde voam os jatos particulares, não se via mais ninguém, 50% dos aviões estavam parados ou foram vendidos. Houve perda de empregos, pilotos que tiveram que morar fora, na Ásia. (A compra) impulsiona outras pessoas a sonhar. Comprei porque acredito, e só depois que o Bolsonaro ganhou", disse Hang, que tem três helicópteros e, com o Bombardier, três jatos. 
Um dos maiores críticos dos governos Lula e Dilma, sob os quais viu seus negócios decolarem, Luciano Hang acumula processos na Justiça. Como mostra reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Hang foi alvo de pelo menos duas condenações criminais por evasão de divisas e sonegação fiscal.
No processo por evasão de divisas, foi acusado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina de usar contas de laranjas para remeter R$ 500 mil para o exterior sem recolher o imposto devido. A sentença, confirmada em segunda instância, prescreveu e ele, apesar de condenado no mérito, ficou livre de punição.
A outra condenação foi por sonegação de INSS dos funcionários. Ainda na década de 1990, ele foi condenado em duas instâncias por "pagar por fora" salários e remunerações de seus funcionários em Santa Catarina e no Paraná. A defesa de Hang entrou com pedido de habeas corpus no TRF-4 para que ele não tivesse que cumprir pena antes do trânsito em julgado. Após a condenação, o empresário firmou acordo, parcelou o débito trabalhista e suspendeu a execução da pena.


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