Apoiadora do golpe de 2016, que abriu as portas para o caos
institucional brasileiro, a Confederação Nacional da Indústria, comandada por
Robson Andrade, agora terá que brigar na Justiça para manter benefícios do
sistema S, contestados por Paulo Guedes
247 – O golpe de 2016 foi um péssimo negócio para a
Confederação Nacional da Indústria. Isso porque o governo Jair Bolsonaro deu o
primeiro passo para abrir o que chama de caixa-preta do Sistema S. Um decreto
assinado pelo presidente obriga as entidades a detalhar gastos com salários e
serviços prestados à sociedade.
"Pegas de surpresa,
organizações do sistema reclamam da falta de diálogo. Três das nove entidades
—Senai, Sesi e Sescoop— estudam questionar as normas na Justiça. Com o decreto
de Bolsonaro publicado na sexta-feira (3), elas terão de obedecer às mesmas
regras de transparência do setor público impostas pela LAI (Lei de Acesso à
Informação). As regras entram em vigor em 90 dias. As entidades deverão
apresentar, em seus sites, todas as informações antes mesmo de um pedido formal
de esclarecimentos. Senai e Sesi, por meio da CNI (Confederação Nacional da
Indústria), dizem que a medida é inconstitucional", informam os
jornalistas William Castanho e Mariana Carneiro, em reportagem publicada
na Folha.
"O decreto foi feito por
orientação dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Wagner de Campos Rosário
(Controladoria-Geral da União). Auxiliares do presidente dizem acreditar que a
abertura dos dados poderá revelar que algumas dessas entidades pagam salários
muito elevados", aponta ainda os jornalistas.
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