(Foto: Reprodução) |
SÃO
PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um vídeo de 20 segundos enviado para a
Folha de S.Paulo por um leitor mostra dois caminhões caracterizados com as
cores e símbolos do exército desfilando pelas ruas da cidade paranaense de Foz
do Iguaçu, neste sábado (25), convocando a população para os protestos deste
domingo a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Na gravação uma pessoa
comenta "vocês não podem fazer isso" e "que absurdo", uma
referência ao fato de que o Exército é proibido de participar de manifestações
populares ou de fazer convocações para esse tipo de ato.
A reportagem enviou o vídeo
para a assessoria de imprensa do Exército, que negou que os veículos em
questão façam parte da sua frota.
O Exército afirmou que a
manifestação não foi feita por integrantes da corporação e que as viaturas
militares mostradas no vídeo são antigas. "Com autorização, as unidades
militares promovem leilões de veículos destinados a colecionadores. As vendas
costumam ocorrer quando as viaturas são consideradas não úteis, ou seja, quando
o custo de manutenção chega quase ao valor total do veículo", disse a nota
do Exército.
A reportagem
também tentou localizar os caminhões e seus donos, mas as placas dos
veículos estão ilegíveis no vídeo.
PROTESTOS
O presidente nacional do
PSL, partido de Bolsonaro, disse não ver sentido no protesto de apoio ao
governo Bolsonaro. Segundo Luciano Bivar, a legenda não apoiará o ato
institucionalmente, mas a bancada está liberada para participar.
Com movimentos de direita
rachados, grupos que organizam as manifestações passaram a
adaptar o discurso para excluir motes radicais e tentar ampliar a adesão
de apoiadores do governo. Pautas como o fechamento do Congresso e do STF
(Supremo Tribunal Federal) ficaram em segundo plano.
As bandeiras anunciadas
pelos mobilizadores se desdobraram tanto nas últimas horas que resultaram em um
bloco difuso. As convocações falam também em demonstrar apoio à reforma da
Previdência e ao pacote anticrime do ministro Sergio Moro, pedir a
continuidade da Operação Lava Jato e defender a obrigação do voto
nominal como estratégia para constranger parlamentares em projetos polêmicos.
Fonte:
Bem Paraná
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