Bolsonaro voltou a
chamar os estudantes brasileiros de "idiotas úteis"; foi na
noite deste sábado, na portaria do Palácio do Alvorada, onde foi receber alunos
de uma das escolas particulares mais caras do país; um dos jovens, apoiador de
Bolsonaro, tentou ajudá-lo a consertar o estrago que fez em Dallas, ao xingar
os estudantes; mas o presidente reagiu e reafirmou o insulto; a resposta dos
estudantes será na manifestação marcada para o dia 30
247 - Jair
Bolsonaro voltou a chamar os estudantes brasileiros de "idiotas
úteis" e atacou mais uma vez a imprensa. Foi na noite deste sábado (18),
na portaria do Palácio do Alvorada, onde foi receber alunos de uma das escolas
particulares mais caras do país, o Colégio Bandeirantes. Um dos jovens,
apoiador de Bolsonaro, tentou ajudá-lo a consertar o estrago que fez em Dallas,
ao xingar os estudantes brasileiros. Mas o presidente reagiu e reafirmou:
"Em Dallas, eu falei sim, que eram, faziam lá, uma parte, são idiotas
úteis. É verdade, ué. Tô mentindo? O Cara, eu vi aí, um pessoal que teve na
rua, ouvindo a molecada. 'O que você tá fazendo aqui?' Não sabe de nada".
No próximo dia 30, nas ruas, os estudantes brasileiros, com professores,
funcionários e pessoas que se preocupam com a educação no país irão
responder ao xingamento.
Bolsonaro chegou à portaria com ânimo
belicoso e renovou seus ataques à educação. Antes que os alunos falassem
qualquer coisa, saudou-os dizendo: “E este movimento do pessoalzinho aí
que eu cortei verba, o que vocês acharam?”, indagou Bolsonaro, em tom
pejorativo. “Um lixo. A gente é estudante de verdade. A gente estuda”,
respondeu um dos alunos da escola particular, tem mensalidade ao redor de R$ 4
mil.
A imprensa esteve também na alça de mira
presidencial. Bolsonaro
afirmou que boa parte dela vive de desinformar e deturpar,
"mostrando o contrario do que acontece".
O presidente ainda lançou críticas à
autonomia das universidades, dizendo que os reitores têm que prestar contas “do
que está acontecendo”. Disse: "A Universidade, por exemplo, os reitores
têm autonomia. Mas, hoje em dia, parece que eles têm, na verdade, autonomia
total, soberania. Têm que prestar as contas do que está acontecendo.”
Bolsonaro também criticou a qualidade do
ensino público no país: “O currículo escolar não é bom. No meu tempo, na idade
de vocês, colégio público era bom. Colégio particular não era bom. Hoje,
inverteu o negócio. O colégio particular pago, como regra, é bom. O público,
como regra —como regra, antes que a imprensa fale que estou atingindo todo
mundo— não é bom”, disse Bolsonaro.
"Para alguns grupos está difícil a
vida. Acabou a teta, né?", afirmou ainda Bolsonaro. Nenhum dos alunos do
Colégio Bandeirantes perguntou a ele sobre Fabrício Queiroz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário