Autarquia de Saúde
mantém força-tarefa no combate ao mosquito transmissor da doença, mas falta um
maior engajamento da população
Apucarana está com
78 casos confirmados de dengue. O número, divulgado hoje (21) pela Autarquia
Municipal de Saúde (AMS), mais que triplicou em relação ao último balanço da
doença no município, que era de 22 casos, há menos de um mês. Conforme alerta o
diretor presidente da AMS, Roberto kaneta, a situação de Apucarana preocupa.
“Estamos próximo de Londrina, que já atingiu 959 casos da doença”, assinala.
Os esforços da saúde pública do município
para combate o mosquito transmissor da doença resultaram no desencadeamento de
uma força-tarefa envolvendo várias secretarias, incluindo, além da Saúde, a do
Meio Ambiente e de Serviços Públicos. “Além do trabalho de visita as
residências pelos agentes de endemias, várias ações foram reforçadas no último
mês, como roçagem de terrenos vazios, recolhimento de entulhos, pneus e lixo
reciclável”. Informa o diretor presidente da AMS, Roberto Kaneta.
O prefeito Junior da Femac reitera seu
apelo à população para reforçar os cuidados no combate a dengue, colaborando
com a limpeza dos quintais, correta destinação do lixo e especialmente com
denúncias relativas ao descarte irregular de móveis e entulhos. “O
trabalho deve ser conjunto para garantir o resultado esperado. A dengue deve
ser combatida com a união do poder público e da população e quem ganha é a
saúde de cada apucaranense. Não podemos descuidar quando o assunto é dengue”,
enfatiza Júnior da Femac.
Dos 78 casos de dengue confirmados na
cidade, 64 são autóctones (a doença foi adquirida no município) e 14 são
importados. No entanto, ainda está sendo aguardado o resultado do exame de
outros 147 casos suspeitos. “O bairro com maior incidência da doença é o Jardim
Marissol, com 29 casos, seguido do Jardim Isabela, com 8 e Vila Regina, com 7
casos. Os demais estão espalhados em diferentes regiões. Em praticamente toda a
cidade existe a ocorrência de casos de dengue”, informa o diretor da Divisão de
Endemias da AMS, Mauro de Aguiar.
O trabalho dos agentes de endemias da AMS
foi estendido para os finais de semana. O Jardim Marissol vem ganhando uma
atenção especial, inclusive com um trabalho de limpeza de terrenos vazios.
O prefeito Junior da Femac reforça que, a
cada ano, a luta contra o vetor fica cada vez mais árdua. “Se antes os ovos do
mosquito precisavam de água limpa para se desenvolver, agora isso já acontece
em qualquer tipo de água, seja suja com óleo ou até com tinta”, observa Junior
da Femac. Outro aspecto que chama a atenção é a longevidade: se os ovos
estiverem num ambiente seco, eles resistem até um ano esperando água para se
desenvolverem.
De acordo com dados da Divisão de Endemias, 38% dos focos da dengue são encontrados em ambientes externos, como lixo, sucatas, pneus, entulhos e ferro velho. Outros 30% são registrados nos quintais e dentro das próprias residências, como em vasos, garrafas e recipientes utilizados na alimentação de cães e gatos.
De acordo com dados da Divisão de Endemias, 38% dos focos da dengue são encontrados em ambientes externos, como lixo, sucatas, pneus, entulhos e ferro velho. Outros 30% são registrados nos quintais e dentro das próprias residências, como em vasos, garrafas e recipientes utilizados na alimentação de cães e gatos.
ORIENTAÇÕES
PARA COMBATER A DENGUE
Garrafas PET e de vidro: As garrafas devem
ser embaladas e descartadas corretamente na lixeira, em local coberto ou de
boca para baixo.
Lajes: Não deixe água acumular nas lajes.
Mantenha-as sempre secas.
Ralos: Tampe os ralos com telas ou
mantenha-os vedados, principalmente os que estão fora de uso.
Piscinas: Mantenha a piscina sempre limpa.
Use cloro para tratar a água e o filtro periodicamente.
Coletor de água da geladeira e
ar-condicionado: Atrás da geladeira existe um coletor de água. Lave-o uma vez
por semana, assim como as bandejas do ar-condicionado.
Calhas: Limpe e nivele. Mantenha-as sempre
sem folhas e materiais que possam impedir a passagem da água.
Cacos de vidros nos muros: Vede com
cimento ou quebre todos os cacos que possam acumular água.
Baldes e vasos de plantas vazios:
Guarde-os em local coberto, com a boca para baixo.
Plantas que acumulam água: Evite ter
bromélias e outras plantas que acumulam água, ou retire semanalmente a água das
folhas.
Suporte de garrafão de água mineral:
Lave-o sempre quando fizer a troca. Mantenha vedado quando não estiver em uso.
Falhas nos rebocos: Conserte e nivele toda
imperfeição em pisos e locais que possam acumular água.
Caixas de água, cisternas e poços:
Mantenha-os fechados e vedados. Tampe com tela aqueles que não têm tampa
própria.
Tonéis e depósitos de água: Mantenha-os vedados.
Os que não têm tampa devem ser escovados e cobertos com tela.
Vasilhas para animais: Os potes com água
para animais devem ser muito bem lavados com água corrente e sabão no mínimo
duas vezes por semana.
Pratinhos de vasos de plantas: Mantenha-os
limpos e coloque areia até a borda.
Objetos d’água decorativos: Mantenha-os
sempre limpos com água tratada com cloro ou encha-os com areia. Crie peixes,
pois eles se alimentam das larvas do mosquito.
Lixo, entulho e pneus velhos: Entulho e
lixo devem ser descartados corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou
faça furos para não acumular água.
Lixeira dentro e fora de casa: Mantenha a
lixeira tampada e protegida da chuva.
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