O STF abriu guerra
contra a Operação Lava Jato: o ministro Alexandre de Moraes autorizou
dez operações de busca e apreensão em seis estados do país. Na mira,
computadores, telefones e documentos. Militares da reserva que pregaram o
fechamento do STF e alguns procuradores foram chamados a prestar depoimento;
investigadores que acusaram o STF de pactuar com a corrupção serão ouvidos; são
imprevisíveis os desdobramentos da declaração de guerra para a relação da Corte
com o governo Bolsonaro, especialmente com Sérgio Moro, e o ativismo judicial
da extrema-direita no país; a Corte também ordenou buscas na casa do
general da reserva do Exército brasileiro Paulo Chagas
247 - O Supremo Tribunal
Federal (STF) abriu guerra contra a Operação Lava Jato: o ministro
Alexandre de Moraes autorizou dez operações de busca e apreensão em seis
estados do país. Na mira, computadores, telefones e documentos. Militares da
reserva que pregaram o fechamento do STF e alguns procuradores foram chamados a
prestar depoimento. Segundo a jornalista Daniela
Lima, na coluna Painel, "investigadores que acusaram o STF de
pactuar com a corrupção serão ouvidos".
A Corte também ordenou buscas na casa do
general da reserva do Exército brasileiro Paulo Chagas, cogitado como
companheiro de chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. Foi candidato
derrotado ao governo do Distrito Federal pelo PRP, com apoio de Bolsonaro.
"Caros amigos, acabo de ser honrado
com a visita da Polícia Federal em minha residência, com mandato de busca e
apreensão expedido por ninguém menos do que ministro Alexandre de Moraes.
Quanta honra! Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebe-los
pessoalmente", disse (veja
aqui).
A ação acontece na esteira da decisão do
ministro do STF que censurou reportagem do site O Antagonista e da revista
Crusoé, de extrema direita, ligada à Lava Jato, que postaram uma reportagem que
trazia um codinome "O amigo do amigo de meu pai" que, segundo as
publicações, seriam usados pela Odebrecht para se referir ao presidente da
Corte, Dias Toffoli.
Procuradores que tiveram contato com o
documento da Odebrecht que cita o presidente do STF, Dias Toffoli,serão
ouvidos. "Ministros dizem que é preciso entender 1) o timing da provocação
que levou à menção e 2) o vazamento e suas motivações", escreve Daniela
Lima.
Com as ações, o STF declara guerra à Lava
Jato, com desdobramentos imprevisíveis para a relação da Corte com o governo
Bolsonaro, especialmente Sérgio Moro, e o ativismo judicial da extrema-direita
no país.
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