Os
prefeitos que participaram da assembleia promovida pela AMP (Associação dos
Municípios do Paraná) nesta terça-feira (dia 2), em Curitiba, apresentaram
várias reivindicações para a 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios e
obtiveram o apoio da Assembleia Legislativa aos seus pedidos. A 22ª
Marcha será promovida pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) de 8 a 11
de abril.
Comandada pelo presidente da
AMP e prefeito de Coronel Vivida, Frank Schiavini, a assembleia foi aberta pelo
presidente da Casa, deputado Ademar Traiano, que manifestou seu apoio à pauta
municipalista. “Os municípios assumiram novas atribuições e novas
responsabilidades, mas não têm recebido a contrapartida financeira para arcar
com esse ônus”, afirmou Traiano, que lamentou o fato de as prefeituras estarem
investindo mais do que recebem.
O presidente da AMP disse
que a 22ª Marcha será a maior da história em número de prefeituras devido ao
momento que o País vive e à crise enfrentada pelos municípios. “Temos que
reformular o pacto federativo. Mas é importante sabermos exatamente quais são
as nossas prioridades e qual a pauta que vamos levar a Brasília”, disse Schiavini,
ao lado do representante da CNM no encontro, o prefeito de Zortéa (SC), Alcides
Mantovani.
Mantovani conclamou os
prefeitos a participarem da marcha para fortalecer o movimento. “Por onde ando,
vejo que as reivindicações dos municípios são as mesmas. É uma luta comum que
une as prefeituras, Por isso, é importante que os prefeitos participem da
marcha para fortalecer o movimento”, disse. Da reunião, participaram ainda os
deputados estaduais Marcel Micheletto (ex-presidente da AMP por dois mandatos),
Luiz Fernando Guerra (PSL), Emerson Bacil (PSL), Arilson Chiorato (PT) e
Anibelli Neto.
Reivindicações
Entre as sugestões
apresentadas pelos prefeitos hoje estão: flexibilização na utilização dos
recursos provenientes de emendas parlamentares, possibilidade de que as emendas
dos senadores ao Orçamento sejam destinadas a consórcios de saúde, alteração da
Lei de Licitações para que as prefeituras tenham mais flexibilidade na dispensa
de licitações em situações de emergência, a construção de uma nova relação com
o Congresso Nacional e a liberação de recursos destinados pelos programas
federais à assistência social.
Outros temas que serão
debatidos em Brasília: o programa Mais Médicos, o novo Fundeb (Fundo de
Desenvolvimento da Educação Básica), novas regras de licitações (previstas no
projeto de lei 6814/17), a reforma tributária, normas de consórcios
(projetos de lei 2542/15 e 2543/15) e teto de gastos públicos, ampliação
do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), regulamentação da Lei Kandir e
atualização de programas federais.
Fonte:
AMP
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