Em nota publicada nesta segunda-feira (15), a bancada de
deputadas federais do PT na Câmara se solidarizou com a deputada federal Alê
Silva (PSL-MG), ameaçada de morte pelo presidente do PSL mineiro, o atual
ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio; as parlamentares petistas solicitam
“que os fatos sejam apurados e, após a confirmação, os envolvidos sejam
devidamente punidos”
247 - Em nota
publicada nesta segunda-feira (15), a bancada de deputadas federais do PT
na Câmara se solidarizou com a deputada federal Alê Silva (PSL-MG),
ameaçada de morte pelo presidente do PSL mineiro, o atual ministro do Turismo
Marcelo Álvaro Antônio. As parlamentares petistas solicitam “que os fatos sejam
apurados e, após a confirmação, os envolvidos sejam devidamente punidos”.
Leia a nota na íntegra:
Nota de Apoio e
Solidariedade
Nós, Deputadas Federais do
Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, tendo em vista as notícias
veiculadas na imprensa no último sábado (13), de que a deputada federal Alê
Silva – PSL foi ameaçada de morte pelo Presidente da legenda em Minas Gerais e atual
Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, vimos a público manifestar
solidariedade à colega de parlamento.
Em que pesem nossas
divergências políticas com o partido que a deputada Alê Silva representa,
rechaçamos todo tipo de violência contra as mulheres e consideramos a violência
política e o machismo são as ferramentas que mais impedem que nós mulheres
alcancemos os espaços de poder e decisão.
Há pouco mais de um ano vimos a
vereadora Marielle Franco ser assassinada no exercício da sua função e não
podemos admitir que uma mulher, independentemente da coloração partidária,
eleita pelo povo para representa-lo, seja ameaçada ou perca sua vida por
exercer seu trabalho.
As promessas de morte e de
“acabar com a carreira política” mostram faces da violência que as mulheres
sofrem ao tentar ingressar nos espaços de poder e decisão e não recuaremos de
continuar defendendo a autonomia, empoderamento e representação política das
mulheres nos parlamentos.
Milhares de mulheres deixam de
denunciar seus agressores porque não conseguem provas materiais, em especial
quando elas são feitas por “interlocutores”; ou porque seu agressor ameaça
divulgar fatos “difamatórios” na tentativa de desacreditar a vítima. Nós que
combatemos a violência e lidamos todos os dias com esse assunto conhecemos o
funcionamento da rede de ameaças às mulheres. Por isso, esperamos que a Polícia
Federal dê prosseguimento às investigações e que apure, com imparcialidade e
sem receio de retaliações, essa denúncia gravíssima.
Quando uma parlamentar é
ameaçada, todas as parlamentares e as mulheres que se interessam por política
são ameaçadas também. Por isso, solicitamos que os fatos sejam apurados e, após
a confirmação, os envolvidos sejam devidamente punidos. Aguardamos ainda que
esta Câmara dos Deputados possa acompanhar de perto o caso e oferecer a
proteção que a deputada solicita, pois somente assim mostraremos nosso
compromisso no combate à violência contra a mulher e o respeito que as mulheres
brasileiras têm direito.
Brasília, 15 de abril de 2019
Subscrevem as deputadas federais:
Benedita da Silva – PT/RJ
Erika Kokay – PT/DF
Gleisi Hoffmann – PT/PR
Luizianne Lins – PT/CE
Margarida Salomão – PT/MG
Maria do Rosário – PT/RS
Marília Arraes – PT/PE
Natália Bonavides – PT/RN
Professora Rosa Neide – PT/MT
Rejane Dias – PT /PI
A deputada federal Alê Silva (PSL-MG)
prestou depoimento espontâneo à Polícia Federal em Brasília na última
quarta-feira 10, quando solicitou proteção policial. Ela relatou ter
recebido a informação de que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro
Antônio, a ameaçou de morte em uma reunião com correligionários, no fim de
março, em Belo Horizonte, por ter revelado um esquema de candidaturas laranjas
no diretório do partido em Minas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário