A decisão do presidente Jair Bolsonaro de se alinhar aos
Estados Unidos e Israel, abrindo um escritório de negócios em Jerusalém,
começar a receber reações contrárias do mundo árabe; embaixadores de países
árabes no Brasil pediram formalmente um reunião com Bolsonaro e com o chanceler
Ernesto Araújo quando a comitiva brasileira voltar da visita à
Israel; embaixador palestino, Ibrahim Alzeben, foi convocado pela
Autoridade Palestina depois de cisão do governo brasileiro; questionado
sobre o assunto, Bolsonaro reage com pouco caso: "é direito deles reclamar"
247 - Após o anúncio do escritório
em Jerusalém, embaixadores de países árabes no Brasil pediram formalmente um
reunião com o presidente Jair Bolsonaro e com o chanceler Ernesto
Araújo quando a comitiva brasileira voltar da visita à Israel. O
embaixador palestino Ibrahim Alzeben foi convocado pela Autoridade
Palestina depois de cisão do governo brasileiro.
Nesta
segunda-feira (1º), Bolsonaro ao comentar a reação de palestinos sobre a
decisão do governo de abrir um escritório comercial do Brasil em Jerusalém.
"É direito deles reclamar", disse Bolsonaro após ser questionado sobre
o tema por jornalistas que acompanham a viagem do presidente a Israel. "A
gente não quer ofender ninguém. Agora, queremos que respeitem a nossa
autonomia", completou.
O gesto
desagradaria palestinos, que reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado
que pretendem constituir. Israel, por outro lado, considera Jerusalém a
"capital eterna e indivisível" do país.
Em
2017, a balança comercial com os 22 países que formam a Liga Árabe teve
superávit de US$ 7,1 bilhões para o Brasil.
Jerusalém
não é reconhecida internacionalmente como a capital israelense. No entanto,
Estados Unidos e Guatemala transferiram, no ano passado, suas respectivas
representações diplomáticas, que antes ficavam em Tel Aviv, para a cidade.
Ele foi
questionado nesta segunda se definiria a mudança da embaixada até o fim de seu
mandato. "Bem antes disso será dada a decisão, pode ter certeza",
respondeu.
"Tem
o compromisso, mas meu mandato vai até 2022.E tem que fazer as coisas devagar,
com calma, sem problema. Estou tendo contato com o público também de outras
nações e o que eu quero é que seja respeitada a autonomia de Israel,
obviamente", completou o presidente.
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