terça-feira, 30 de abril de 2019

Operação apreende veículos e jet ski de quadrilha investigada na Região de Londrina

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(Foto; Saulo Ohara)

A Polícia Civil de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina) deflagrou, nesta terça-feira (30), a primeira fase da Operação Barracão, que apura a articulação de uma organização criminosa especializada em receptação e adulteração de veículos roubados.
Na operação, decorrente de dois inquéritos policiais instaurados no início de abril em razão de prisões em flagrante realizadas em Sabáudia, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em Arapongas e outras três cidades da região. Até agora, seis pessoas foram presas e três ainda estão foragidas.
Segundo o delegado-adjunto da 22ª SDP (Subdivisão Policial) de Arapongas, Ricardo Jorge, no último dia 4 de abril investigadores foram informados de que um veículo roubado no Rio Grande do Sul chegaria a Sabáudia.
Ao apurar a denúncia, eles apreenderam o veículo em um posto de combustível e conseguiram chegar até o endereço de um barracão utilizado para adulterar os chassis e a documentação de veículos. No barracão, foram encontradas duas carretas, uma com as placas e o chassi já adulterados, e outra com placas falsas, que haviam sido roubadas em Santa Catarina. Também havia maquinários no local. Seis pessoas foram presas. “Apuramos que o barracão poderia pertencer às pessoas presas em flagrante”, explicou o delegado.
No dia seguinte às prisões, um homem se identificou como proprietário do maquinário, mas os policiais apuraram que ele era o dono do barracão, que estava em nome de laranjas. “Ele foi preso em flagrante por receptação, ocultação e organização criminosa”, contou Jorge. O homem preso é apontado como um dos líderes da organização criminosa. O pai dele também teve a prisão decretada e está foragido.
Em decorrência da ação realizada no início do mês, nesta terça-feira a Polícia Civil de Arapongas deflagrou a Operação Barracão, na qual foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Arapongas, sete em Londrina, dois em Astorga (Região Metropolitana de Maringá) e um em Apucarana (Centro-Norte).
A Operação Barracão contou com o apoio da DPI (Divisão de Polícia do Interior) de Curitiba e de outras divisões da corporação, mobilizando mais de 80 policiais civis. “Realizamos um busca documental, uma busca de provas para apreender documentos, computadores e celulares que vão ser analisados para juntar aos inquéritos já instaurados”, disse o delegado. Na operação, os policiais também conseguiram prender um dos foragidos. “É uma quadrilha especializada, com ramificações, e a Polícia Civil vai continuar desenvolvendo esse trabalho para acabar de vez com essa quadrilha”, disse a delegada-adjunta da DPI, Vanessa Alice.
Desde o início do mês, foram apreendidos nove carros, cinco motos, dois caminhões, um jet ski e pneus, além de material para adulteração de chassis. Por enquanto, três ações penais foram abertas. “O objetivo é apurar a materialidade e a autoria delitiva dos crimes.”
Os presos estão na Cadeia Pública de Arapongas e irão responder por receptação qualificada, adulteração de veículo, lavagem de capital, entre outros delitos. “Vamos averiguar a procedência dos veículos e identificar eventuais adulterações. Mesmo que não sejam produtos de furto e roubo, podem ser produto de lavagem de dinheiro, adquiridos de forma ilícita.”
Nas investigações conduzidas até o momento, foram identificados veículos roubados em 2013, o que pode ser um indicativo do tempo de atuação da organização criminosa.
O delegado também não descarta a existência de braços do esquema em outras cidades. “é possível que a organização tenha braços em outras cidades, inclusive cidades onde não aconteceram operações hoje porque a carga de uma das carretas roubadas que estavam no barracão foi localizada em fevereiro em uma chácara em Rolândia”, disse Jorge.   
Fonte: Folha de Londrina

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