(Foto; Saulo Ohara) |
A
Polícia Civil de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina) deflagrou, nesta
terça-feira (30), a primeira fase da Operação Barracão, que apura a articulação
de uma organização criminosa especializada em receptação e adulteração de
veículos roubados.
Na
operação, decorrente de dois inquéritos policiais instaurados no início de
abril em razão de prisões em flagrante realizadas em Sabáudia, foram cumpridos
21 mandados de busca e apreensão em Arapongas e outras três cidades da região.
Até agora, seis pessoas foram presas e três ainda estão foragidas.
Segundo
o delegado-adjunto da 22ª SDP (Subdivisão Policial) de Arapongas, Ricardo
Jorge, no último dia 4 de abril investigadores foram informados de que um
veículo roubado no Rio Grande do Sul chegaria a Sabáudia.
Ao
apurar a denúncia, eles apreenderam o veículo em um posto de combustível e
conseguiram chegar até o endereço de um barracão utilizado para adulterar os
chassis e a documentação de veículos. No barracão, foram encontradas duas
carretas, uma com as placas e o chassi já adulterados, e outra com placas
falsas, que haviam sido roubadas em Santa Catarina. Também havia maquinários no
local. Seis pessoas foram presas. “Apuramos que o barracão poderia pertencer às
pessoas presas em flagrante”, explicou o delegado.
No
dia seguinte às prisões, um homem se identificou como proprietário do
maquinário, mas os policiais apuraram que ele era o dono do barracão, que
estava em nome de laranjas. “Ele foi preso em flagrante por receptação,
ocultação e organização criminosa”, contou Jorge. O homem preso é apontado como
um dos líderes da organização criminosa. O pai dele também teve a prisão
decretada e está foragido.
Em
decorrência da ação realizada no início do mês, nesta terça-feira a Polícia
Civil de Arapongas deflagrou a Operação Barracão, na qual foram cumpridos 21
mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Arapongas, sete em Londrina, dois em
Astorga (Região Metropolitana de Maringá) e um em Apucarana (Centro-Norte).
A
Operação Barracão contou com o apoio da DPI (Divisão de Polícia do Interior) de
Curitiba e de outras divisões da corporação, mobilizando mais de 80 policiais
civis. “Realizamos um busca documental, uma busca de provas para apreender
documentos, computadores e celulares que vão ser analisados para juntar aos
inquéritos já instaurados”, disse o delegado. Na operação, os policiais também
conseguiram prender um dos foragidos. “É uma quadrilha especializada, com
ramificações, e a Polícia Civil vai continuar desenvolvendo esse trabalho para
acabar de vez com essa quadrilha”, disse a delegada-adjunta da DPI, Vanessa
Alice.
Desde
o início do mês, foram apreendidos nove carros, cinco motos, dois caminhões, um
jet ski e pneus, além de material para adulteração de chassis. Por enquanto,
três ações penais foram abertas. “O objetivo é apurar a materialidade e a
autoria delitiva dos crimes.”
Os
presos estão na Cadeia Pública de Arapongas e irão responder por receptação
qualificada, adulteração de veículo, lavagem de capital, entre outros delitos.
“Vamos averiguar a procedência dos veículos e identificar eventuais
adulterações. Mesmo que não sejam produtos de furto e roubo, podem ser produto
de lavagem de dinheiro, adquiridos de forma ilícita.”
Nas
investigações conduzidas até o momento, foram identificados veículos roubados
em 2013, o que pode ser um indicativo do tempo de atuação da organização
criminosa.
O
delegado também não descarta a existência de braços do esquema em outras
cidades. “é possível que a organização tenha braços em outras cidades, inclusive
cidades onde não aconteceram operações hoje porque a carga de uma das carretas
roubadas que estavam no barracão foi localizada em fevereiro em uma chácara em
Rolândia”, disse Jorge.
Fonte:
Folha de Londrina
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