Ministro do TCU Augusto Nardes, responsável pela relatoria do
processo das pedaladas fiscais que serviu de pretexto para o impeachment da
presidente eleita Dilma Rousseff, em 2015, tem sido chamado pelo governo Jair
Bolsonaro para ministrar aulas sobre boas práticas de governança; Nardes é
investigado no âmbito da Operação Zelotes pela suspeita de ter recebido R$ 2,5
milhões para favorecer ao grupo RBS em decisões do Carf e foi citado por delatores
da Lava Jato no Rio de Janeiro
247 - O ministro do
Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, responsável pela relatoria do
processo das pedaladas fiscais que serviu de pretexto para o impeachment da
presidente eleita Dilma Rousseff, em 2015, tem sido chamado pelo governo Jair
Bolsonaro para ministrar aulas sobre boas práticas de governança. Nardes,
porém, é investigado no âmbito da Operação Zelotes pela suspeita de ter
recebido R$ 2,5 milhões para favorecer ao grupo RBS em decisões do Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Nardes, que
publicou um livro sobre boas práticas de governança, deu palestra sobre o
assunto para o próprio presidente Jair Bolsonaro, além de ministros, no Palácio
do Planalto no dia 14 de março. No dia 26, ele também falou sobre o assunto
para uma plateia formada por superintendentes da Polícia Federal, órgão
responsável por uma das contra ele.
Nardes é um dos alvos da Operação Zelotes,
que apura irregularidades que teriam sido praticadas no âmbito do Carf. Ele é
supeito de receber R$ 2,5 milhões para favorecer o grupo de comunicação gaúcho
RBS. No julgamento da ação pelo Carf o débito de mais de R$ 1 bilhão que a RBS
possuía junto à Receita foi anulado.
Ao todo, 14 suspeitos de fazerem parte do
esquema de compra de sentença no Carf foram denunciados à Justiça Federal. Como
Nardes possui foro especial, ele é investigado em um inquérito que tramita no
Supremo Tribunal Federal (STF).
Em maio do ano passado, o ministro foi
alvo de um mandado de busca e apreensão referente a desdobramentos da Operação
Lava Jato no Rio de Janeiro, após ser citado por delatores como integrante de
um esquema de corrupção envolvendo agentes públicos. Nardes nega ter
participado das irregularidades investigadas.
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