quarta-feira, 3 de abril de 2019

MST faz mutirão de solidariedade com doação de 4 toneladas de alimentos no Paraná


Famílias receberam cerca de 600 cestas em Sarandi, na região metropolitana de Maringá
Arroz, mandioca, açúcar mascavo, frutas e derivados de leite,estavam entre os alimentos doados à população - Créditos: MST - divulgação
Arroz, mandioca, açúcar mascavo, frutas e derivados de leite,estavam entre os alimentos doados à população / MST - divulgação

Entre arroz, mandioca, açúcar mascavo, frutas e derivados de leite, cerca de 4 toneladas de alimentos foram doados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para a população da periferia do município de Sarandi, região noroeste do PR, no sábado, 30 de março.

A organização do mutirão batizou a atividade de "Jornada Solidária da Reforma Agrária Popular", que envolveu cerca de 40 comunidades de assentamentos e acampamentos na região, de mais de 15 municípios diferentes.

O integrante da coordenação do MST do Paraná João Flávio Borba conta que o objetivo do mutirão é dialogar com o povo por meio da produção diversificada de alimentos e tratar da importância da alimentação para atender às necessidades das pessoas. “Um ato de solidariedade, seja na forma de distribuição de alimentos, seja de outras tantas maneiras, não é fruto de milagre, é resultado das diversas formas de organização dos trabalhadores e das trabalhadoras", afirma.

Lideranças de associações de bairro e de outras organizações ligadas a paróquias organizaram e cadastraram as famílias que receberam as cerca de 600 cestas doadas pelo MST. A distribuição atingiu todas as regiões de Sarandi, que tem cerca de 100 mil habitantes e fica na região metropolitana de Maringá.

Antes da distribuição foram realizados dois atos ecumênicos. O primeiro foi pela manhã, na Paróquia São Paulo Apóstolo, que também envolveu a Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus. No período da tarde a cerimônia ocorreu na Paróquia Nossa Senhora da Esperança, com participação da Paróquia Nossa Senhora das Graças.

Além dos militantes do MST que foram para a cidade, moradores de Sarandi se envolveram no mutirão. Luciana esteve entre o grupo urbano que participou da organização da jornada ao longo do último mês. 

“Com a reforma agrária a gente pode até viver melhor, porque os produtos são orgânicos, colhidos direto da terra […]. Nós da cidade dependemos muito das famílias do MST, são elas que produzem para a cidade. Por isso eu peço que todos apoiem o movimento e a reforma agrária, são famílias como as nossas, são trabalhadores”, diz a integrante da Paróquia São Paulo Apóstolo.
Congresso do Povo


O mutirão de solidariedade integrou as ações do Congresso do Povo, uma proposta de saída popular para crise pela qual o Brasil passa. Em meio ao cenário de fragilização da democracia, de crise econômica e política, essa iniciativa busca promover junto à população processos de organização, formação e mobilização.

"Buscamos debater com os trabalhadores sobre a necessidade e a urgência de se avançar na reforma agrária como saída para a crise social e econômica que aflige o povo pobre no Brasil. O MST aposta na organização do próprio povo, a partir de suas fórmulas próprias, para a busca da superação da atual crise. Assembleias populares, seminários e o Congresso do Povo, dentre outros, são fundamentais para isso”, garante João Flávio Borba.

A iniciativa do Congresso do Povo é da Frente Brasil Popular, que reúne cerca de 80 entidades nacionais, entre elas o MST. O Movimento organiza outras ações nos marcos do Congresso em Curitiba e em outros municípios do estado.

Fonte: Brasil de Fato

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