Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O ministro da
Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, comparou uma indicação ao STF
(Supremo Tribunal Federal) a ganhar na loteria. A afirmação foi feita em
entrevista ao jornal português Expresso e publicada nesta terça-feira (23).
“Seria
[ir para o STF] como ganhar na loteria. Não é simples. O meu objetivo é apenas
fazer o meu trabalho”, disse, ao ser questionado sobre essa possibilidade.
Questionado se o
STF seria uma opção segura caso sua vida política acabe mal, Moro afirmou
que atualmente “nem existem vagas” na corte.
Pelo
critério de aposentadoria compulsória aos 75 anos dos ministros do Supremo, as
próximas vagas serão as de Celso de Mello, em novembro de 2020, e Marco Aurélio
Mello, em julho de 2021.
Na entrevista ao
jornal português, o ministro da Justiça afirmou que sua saída da magistratura
foi um caminho sem volta e que se vê “mais como um técnico, como um juiz que
está no governo” do que como político.
Moro
também negou desconforto por ter índices de popularidade mais altos do que os
do presidente Jair Bolsonaro.
“Essas
pesquisas [de popularidade] são muito relativas, retratam um momento e eu
compreendo isso como um apoio às políticas do ministério, que, por sua vez, são
apoiadas pelo presidente. É minha bandeira? Sim, mas porque também é a bandeira
do presidente”, completou.
Moro é
o principal símbolo da Lava Jato no país, ídolo popular saudado em
manifestações de rua desde o início da operação, há cinco anos. Assumiu seu
posto no governo com status de superministro, quase tão poderoso quanto o
próprio presidente, com a missão de combate implacável à corrupção.
Fonte:
Paranaportal
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