"Levamos mais de 40 anos para conquistar o mercado dos
países árabes e, agora, por uma impropriedade, podemos sofrer
retaliações", disse o empresário Michel Alaby, da Câmara Árabe. Ele avalia
que a que a Liga Árabe (22 nações ao todo, excluindo muçulmanos não
árabes, como Turquia e Paquistão) pode trocar os principais produtos
brasileiros por fornecedores de outros países, entre eles, Índia, Turquia,
Estados Unidos e Argentina
247 – O empresário Michel Alaby, que atuou por
35 anos na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, tendo exercido vários cargos,
inclusive o de presidente, disse ao jornalista Vladimir Goitia,
do UOL que a Liga Árabe (22 nações ao todo, excluindo muçulmanos não árabes,
como Turquia e Paquistão) pode trocar os principais produtos brasileiros por
fornecedores de outros países, entre eles, Índia, Turquia, Estados Unidos e
Argentina.
"A pressão sobre as exportações desses
produtos será grande, mas seria maior ainda se o Brasil tivesse decidido
transferir a sua embaixada para Jerusalém. Levamos mais de 40 anos para
conquistar o mercado dos países árabes e, agora, por uma impropriedade, podemos
sofrer retaliações, embora não tenha como ser mensurado isso no momento porque
os contratos de exportação são de médio e longo prazos com os
fornecedores", afirmou.
Ele lembrou ainda que o Brasil é o maior exportador
mundial de carne "halal" [ritual islâmico para abate de
animais]."Nós somos um país em desenvolvimento que depende muito de suas
relações comerciais", lembrou Alaby. No ano passado, as exportações
totais brasileiras para os países árabes somaram US$ 11,49 bilhões, uma queda
14,8% em relação a 2017, quando alcançaram US$ 13,59 bilhões.
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