Entre
os doadores da campanha de Carlos Bolsonaro em 2016, um já era funcionário da
Câmara dos Deputados e outros dois foram contratados no ano seguinte
Pivô da demissão do então ministro Gustavo Bebbiano, Carlos Bolsonaro é vereador desde 2001. Ao contrário dos familiares, sempre concorreu ao mesmo cargo |
São Paulo –
Os Bolsonaro são
mesmo o que se pode chamar de família unida. Além de empregar Nathalia Melo de Queiroz, a filha do
ex-PM, ex-assessor e ex-motorista Fabrício Queiroz – que
trabalhou para seu filho Flávio, atual senador (PSL-RJ) –,
o presidente Jair
Bolsonaro (PSL) empregou doadores de campanha do filho
Carlos, vereador no Rio de Janeiro (PSC). Em 2016, quando disputou uma
vaga na Câmara Municipal do Rio de Janeiro pela quinta vez consecutiva, Carlos
recebeu doações de cinco pessoas físicas, além dele próprio, de seu irmão
Flávio, do pai Jair, e de seu partido, o PSC.
Entre as cinco estão Jorge Francisco, que
doou R$ 2.500, Alessandra Ramos Cunha, com R$ 1.500, e Helen Cristina Gomes
Vieira, com R$ 600 doados.
De acordo com a Câmara dos Deputados, Jorge
trabalhou de fevereiro de 2015 até março de 2018, último ano do mandato de Jair
Bolsonaro como deputado federal pelo Rio de Janeiro. Ou seja, já era
funcionário do pai quando contribuiu com a campanha do filho.
Alessandra, trabalhou de agosto de 2017 a dezembro
de 2018, e Helen, de dezembro de 2017 a dezembro de 2018. Ambas foram
contratadas por Jair Bolsonaro após contribuir para Carlos.
Ao contrário dos irmãos Flávio, senador, eleito
pelo PSL do Rio, e Eduardo, deputado federal pelo PSL de São Paulo, Carlos
mantém o mandato de vereador no Rio de Janeiro desde 2001. Foi eleito aos 17
anos, em 2000, depois de o pai tê-lo emancipado para poder
disputar com a própria mãe, Rogéria Nantes Braga Bolsonaro, na
época já separada de Jair.
Outro laço de família foi o emprego, pelo vereador,
de Márcio da Silva Gerbatim, ligado a Queiroz. O servidor ficou no
gabinete de Carlos de abril de 2008 a abril de 2010, quando foi exonerado para
ser nomeado no gabinete do irmão Flávio, que na época era deputado estadual no
RJ.
Carlos foi o pivô da exoneração do então ministro
da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, em
fevereiro. O vereador chamou o ministro de mentiroso nas redes sociais.
Fonte:
Rede Brasil Atual
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