sexta-feira, 26 de abril de 2019

“Imagine se os milicianos do Bolsonaro fossem amigos da minha família?”


Ex-presidente Lula pediu uma "autocrítica geral" no Brasil, na entrevista que concedeu aos jornalistas Florestan Fernandes Júnior, do El País, e Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo; "O que não pode é esse país estar governado por esse bando de maluco que governa o país. O país não merece isso e sobretudo o povo não merece isso", diz Lula; ex-presidente, que é mantido preso político há mais de um ano, comparou o tratamento que a imprensa dá a ele e ao clã Bolsonaro: "Imagine se os milicianos do Bolsonaro fossem amigos da minha família?"; vídeo com a íntegra da entrevista de Lula será divulgado no domingo, 28, ao meio dia 
247 - Na entrevista exclusiva concedida à Folha e ao jornal El País, nesta sexta-feira (26), o ex-presidente Lula afirma que a elite brasileira precisa fazer uma autocrítica depois da eleição de Jair Bolsonaro e afirma que o país está sendo governado por "um bando de maluco".
"Vamos fazer uma autocrítica geral nesse país. O que não pode é esse país estar governado por esse bando de maluco que governa o país. O país não merece isso e sobretudo o povo não merece isso", enfatiza Lula.
O ex-presidente também comparou o tratamento que a imprensa dá a ele e a Bolsonaro. "Imagine se os milicianos do Bolsonaro fossem amigos da minha família?", questionou, referindo-se ao fato de o filho do presidente, Flávio Bolsonaro, ter empregado familiares de um miliciano foragido da Justiça em seu gabinete quando era deputado estadual pelo Rio.
Neto Artur e militares
Ao ser questionado sobre a morte de seu neto Artur, de 7 anos, vítima de uma bactéria, há um mês, o ex-presidente se emocionou. "Eu às vezes penso que seria tão mais fácil que eu tivesse morrido. Eu já vivi 73 anos, poderia morrer e deixar o meu neto viver", disse.
Lula disse ainda que acompanha a briga de Bolsonaro com o vice-presidente, Hamilton Mourão. Afirmou que, se sair da prisão, quer "conversar com os militares" para entender "por que esse ódio ao PT" já que seu governo teria recuperado o orçamento das Forças Armadas.
Ressoltou, no entanto, que não nutre esse mesmo ódio ao afirmar que era "grato" ao general Mourão "pelo que ele fez na morte do meu neto [defender que ele fosse ao velório], ao contrário do filho do Bolsonaro [Eduardo]", que afirmou no Twitter que Lula queria se vitimar com a morte do menino.
O vídeo com a íntegra da entrevista de Lula será divulgado no domingo, 28, ao meio dia, concomitantemente pelo El País e pela Folha. 

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