"Vamos parar tudo, o protesto vai envolver técnicos administrativos, professoras e professores da rede privada e pública. No dia 15 de maio realizaremos a Greve Nacional da Educação contra a reforma da Previdência que acaba com a nossa aposentadoria". A afirmação é do coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, que chama todos os trabalhadores de estabelecimentos de ensino e entidades filiadas a organizarem e divulgarem o movimento
247, Por Por Carlos Pompe, no
Portal CTB - "Vamos
parar tudo, o protesto vai envolver técnicos administrativos, professoras e
professores da rede privada e pública. No dia 15 de maio realizaremos a Greve
Nacional da Educação contra a reforma da Previdência que acaba com a nossa
aposentadoria". A afirmação é do coordenador-geral da Contee, Gilson Reis,
que chama todos os trabalhadores de estabelecimentos de ensino e entidades
filiadas a organizarem e divulgarem o movimento.
O Dia da Greve Nacional da Educação está
sendo convocado pela Contee, Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Educação (CNTE) e outras entidades nacionais do setor e conta com o apoio das
centrais sindicais que pretendem organizar uma greve geral contra a reforma.
A proposta do Governo Bolsonaro de reforma
da Previdência prejudica os trabalhadores em educação de todo o país,
principalmente as mulheres. Só de professores, são 2,2 milhões, 80% mulheres,
que têm seus direitos ameaçados. Atualmente, as professoras se aposentam com 50
anos de idade e 25 de contribuição, e os professores com 55 anos de idade e 30
de contribuição. Pelas novas regras propostas, as professoras serão as maiores
prejudicadas. O tempo mínimo de contribuição para a aposentadoria é estipulado
em 30 anos, aumento de 5 anos para as professoras. Já em relação à idade mínima
de 60 anos, serão 5 anos a mais para os homens e 10 anos a mais para as
mulheres.
Para alcançar a aposentadoria integral
(média das contribuições pagas), o tempo exigido é de 40 anos para professores
e professoras. Com isso, as mulheres teriam que contribuir obrigatoriamente 10
anos a mais para obter o benefício integral. A mudança na regra do cálculo
também reduz o valor dos benefícios. Hoje são dispensados 20% das menores
contribuições. Pela nova regra até essas contribuições, totalizando 100%, serão
levadas em conta.
Caso o governo insista na proposta, a
greve geral dos trabalhadores em educação poderá se estender por tempo
indeterminado. "Os direitos sociais estão sendo destruídos e não podemos
aceitar isso. O descaso do governo com a educação é gritante, como demonstra a
crise no MEC", denuncia Gilson. "Vamos nos unir, nos mobilizar,
ocupar as ruas. Temos que lutar pelos nossos direitos. Não podemos deixar que
rasguem a Constituição Federal. Vamos conversar com os estudantes e pais,
esclarecer a situação péssima pela qual passa o país. Precisamos de um plano
econômico, de emprego, de valorização do salário mínimo. Repudiamos essa
reforma da Previdência", completa.
O movimento está sendo convocado com a
palavra de ordem: "Contra o desmonte da aposentadoria, rumo à greve geral.
Ninguém nasce só para trabalhar, aposentadoria é direito do cidadão".
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