A Petrobrás anunciou na noite desta quarta-feira (17) um
reajuste de R$ 0,10 no litro do diesel; segundo o presidente da Petrobrás,
Roberto Castello Branco, reajuste varia entre 4,5% e 5,1% no valor do
combustível nas bombas, a depender do ponto de venda; medida foi anunciada um
dia depois que Jair Bolsonaro foi enquadrado pelo ministro Paulo Guedes por ter
suspendido o anúncio anterior de reajuste; os caminhoneiros já avisaram que
poderão deflagrar greve nacional e parar o País se o preço do diesel subisse;
governo paga para ver
Infomoney - A Petrobras
anunciou na noite desta quarta-feira (17) um reajuste de R$ 0,10 no litro do
diesel, o que, segundo o CEO da companhia, Roberto Castello Branco, representa
uma alta entre 4,5% e 5,1% no valor do combustível nas bombas, a depender do
ponto de venda.
Após anunciar um
aumento de 5,7% no preço do diesel na última quinta-feira, a estatal voltou
atrás no mesmo dia após o presidente Jair Bolsonaro ligar para o CEO da
petrolífera, Roberto Castello Branco, e pedir a suspensão do reajuste. Na
sexta, as ações da companhia desabaram 8%, levando a empresa a perder R$ 32,4
bilhões de valor de mercado.
Já na última terça, ocorreu uma reunião
entre Bolsonaro, ministros e o presidente da Petrobras. Após o encontro, o
ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o presidente pensou na dimensão
política do reajuste quando ligou para o chefe da estatal.
Além disso, o ministro afirmou que estão
em estudo várias alternativas para dar mais transparência à política de
reajuste de combustíveis da Petrobras, entre elas indexar o preço do frete ao
valor do diesel.
Ele citou que essa é a política utilizada
nos Estados Unidos e disse que foram feitas "interrogações" à
Petrobras durante a reunião com o presidente Jair Bolsonaro.
"Tudo tem que ser estudado para o
futuro, o presidente da Petrobras já estava estudando. Esse episódio precipita
a aceleração de estudos", ressaltou Guedes. "O próprio presidente da
Petrobras está recalculando quais seriam as melhores práticas".
Leia, abaixo, texto do 247 sobre possível
greve dos caminhoneiros:
Caminhoneiros marcam greve para
21 de maio se diesel subir
Os caminhoneiros estão organizando nova
paralisação nacional para 21 de maio, quando se completa um ano da greve que
abalou o governo Temer em 2018. O movimento acontecerá se houver qualquer
reajuste no óleo diesel e se o piso mínimo do frete continuar a ser
desobedecido.
"Se o diesel aumentar um centavo que
seja e não houver efetiva fiscalização da aplicação do piso, a gente para no
dia 21, quando a greve do ano passado completará um ano", garante o
caminhoneiro Wanderlei Alves, o Dedéco, de Curitiba (PR), um dos integrantes
da rede de lideranças da categoria, em entrevista à jornalista Leila
Souza Lima, do Valor Econômico
Segundo o caminhoneiro, as representações
que atuam hoje em Brasília junto ao governo federal não têm controle sobre
caminhoneiros de todo o país. "Há de 20 a 30 lideranças espalhadas por
todos os Estados se comunicando em articulação. Eles podem dizer com todas as
letras que não vamos parar, mas nós vamos se nada for feito", diz Alves.
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