"Potência
agroexportadora, o Brasil vende para países árabes US$ 4,5 bilhões por ano
apenas em carnes, principalmente de frango, abatido conforme ritual islâmico. É
líder mundial neste mercado, que corre o risco de perder caso os árabes
retaliem. Se isso acontecer, até 150 mil empregos diretos, em pequenas cidades
do Sul, poderão ser perdidos", aponta editorial do jornal O Globo, que
critica a abertura de um escritório em Jerusalém. "Faz falta o
profissionalismo no Itamaraty", conclui o texto
247
– Jair
Bolsonaro representa um risco para a economia brasileira, em especial para os
ruralistas, e ameaça 150 mil empregos diretos. É o que aponta o jornal O Globo,
em editorial publicado nesta terça-feira.
"A visita a Israel também pode gerar prejuízos ao comércio internacional,
além de arranhar a característica predominante da política externa brasileira,
que é o pragmatismo. A intenção de transferir a embaixada brasileira em Israel
de Tel Aviv para Jerusalém, cidade sob litígio, seguindo os Estados Unidos de
Trump, seria, e é, uma afronta aos palestinos e aos países árabes em geral, com
os quais o Brasil tem forte relacionamento comercial", diz o texto.
"Potência
agroexportadora, o Brasil vende para países árabes US$ 4,5 bilhões por ano
apenas em carnes, principalmente de frango, abatido conforme ritual islâmico. É
líder mundial neste mercado, que corre o risco de perder caso os árabes retaliem.
Se isso acontecer, até 150 mil empregos diretos, em pequenas cidades do Sul,
poderão ser perdidos", prossegue o editorial.
"Por ser o Itamaraty um dos espaços no governo
cedidos à ala mais radical do bolsonarismo, no caso representada pelo chanceler
Ernesto Araújo, a política externa passou a ser fonte de problemas. Bolsonaro
acaba de causar mal-estar nas visitas ao Chile e ao Paraguai, onde fez menções
elogiosas aos ditadores Pinochet e Stroessner, que os anfitriões querem deixar
no passado. E, em Israel, abre um flanco de fragilização diplomática, com
reflexos potencialmente sérios nas exportações. Faz falta o profissionalismo no
Itamaraty."
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