O general Eduardo Villas Boas, ex-comandante do Exército
afirmou estar "preocupado" com a operação de busca na casa de outro
general, Paulo Chagas, no inquérito sobre fake news instalado pelo Supremo; ele
disse que pretende "acompanhar os desdobramentos disso"; em 3 de
abril do ano passado, na condição de comandante do Exército, Villas Boas
pressionou publicamente o STF para que não soltasse o ex-presidente Lula, no
julgamento que aconteceu no dia seguinte -o habeas corpus foi negado
247 - O general
Eduardo Villas Boas, que hoje é da cúpula do governo Bolsonaro como assessor
especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, afirmou
nesta terça-feira, 16, estar "preocupado" com a operação de busca na
casa de outro general, Paulo Chagas, no inquérito sobre fake news instalado
pelo Supremo.
"Conheço muito o general Paulo
Chagas. Amigo pessoal meu e confesso que estou preocupado. Vamos acompanhar os
desdobramentos disso", declarou Villas Bôas após sessão de homenagem ao
Dia do Exército na Câmara. Por diversas vezes e publicamente, o general Paulo
Chagas defendeu nos últimos meses a criação de um "Tribunal de Exceção"
para julgar ministros do STF.
Em 3 de abril passado, o teor de seu
twitter não deixou margem a dúvidas: "Asseguro à Nação que o Exército
Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à
impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como
se mantém atento às suas missões institucionais. Nessa situação que vive o
Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando
no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com
interesses pessoais?"
Na ocasião, diante das críticas que sofreu
Villas Bôas, vários generais da ativa e da reserva saíram em sua defesa. Um
deles foi exatamente Paulo Chagas. Em novembro passado, numa entrevista, Villas
Bôas confessou que confessou que houve uma ação coordenada da cúpula das
Forças Armadas para pressionar o Supremo Tribunal Federal a manter preso Lula,
uma ação flagrantemente ilegal. Villas Bôas fez tal confissão em entrevista ao
jornalista Igor
Gielow, da Folha de S.Paulo.
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