Pela primeira vez na história, a Globo foi desbancada pela
Record na distribuição das verbas do governo federal; é o resultado do primeiro
trimestre de governo Bolsonaro; ao contrário da promessa de campanha, de
redução brutal dos gastos com publicidade governamental eles deram um salto de
63% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e chegara a R$ 75,5 milhões
-o valor não inclui os gastos de ministérios e empresas estatais
247 - Pela
primeira vez na história, a Globo foi desbancada pela Record na distribuição
das verbas do governo federal. É o resultado do primeiro trimestre de governo
Bolsonaro. Ao contrário da promessa de campanha, de redução brutal dos gastos
com publicidade governamental eles deram um salto de 63% em relação ao primeiro
trimestre do ano passado e chegara a R$ 75,5 milhões -o valor não inclui os
gastos de ministérios e empresas estatais.
A notícia vem à luz no mesmo dia (esta
segunda, 15) em que o Diário Oficial publicou portaria, assinada
pelo chanceler Ernesto Araújo, concedendo passaporte diplomático a Edir Macedo,
o dono da Rede Record, que se tornou uma rede oficiosa do governo Bolsonaro (aqui).
Segundo os dados da Secom (Secretaria
Especial de Comunicação da Presidência), os gastos do governo com
publicidade institucional saíram de R$ 44,5 milhões no primeiro trimestre de
2018 para R$ 75,5 milhões no mesmo período de 2019, informa o jornalista Leandro
Prazeres, no UOL. Na comparação com o mesmo período de 2017, o
crescimento é ainda maior. Nos primeiros três meses daquele ano, a Secom gastou
R$ 35 milhões. Na comparação entre os gastos em 2017 e 2019, o crescimento é de
101%, já descontada a inflação no período.
A comparação entre 2017 e 2019 mostra que,
neste ano houve uma quebra no padrão de distribuição das verbas publicitárias
repassadas pela secretaria de comunicação do governo. Os dados mostram que em
2017 e 2018, a Globo encontrava-se isolada na liderança do bolo publicitário, e
que Record e SBT se revezavam em segundo lugar. Em 2017, a Globo faturou R$ 6,9
milhões no primeiro trimestre. Em segundo lugar ficou o SBT, com R$ 1,34
milhão. Em terceiro, ficou a Record com R$ 1,21 milhão. Em 2018, o padrão se
manteve.
Em 2019, tudo mudou: em primeiro lugar
ficou a Record, com R$ 10,3 milhões; em segundo, o SBT, com R$ 7,3 milhões; a
Globo despencou para terceiro, com R$ 7,07 milhões.
Para superar a Globo, Record e SBT tiveram
crescimentos exponenciais de seus faturamentos publicitários junto à Secom. Em
relação a 2018, o crescimento do faturamento publicitário da Record junto à
Secom no primeiro trimestre de 2019 foi de 659%, valor já considerando a
variação da inflação no período.
O apoio decidido do SBT e especialmente da
Record a Bolsonaro dá seus primeiros frutos.
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